Sombras e agua fresca

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DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-784X.2018v18n29p155

Resumo

Na tentativa de aproximação dos procedimentos de Raúl Antelo, este ensaio constrói teias e tece relações etimológicas entre termos que passam pelo colporteur, o vocábulo árabe El-Matrac, o mascate, a palavra tract do francês, em português panfleto, e propõe um avizinhamento com as atividades dos aguadeiros. A conjunção sugerida desemboca no achamento da água no subúrbio do Rio de Janeiro e sua posterior comercialização pelas mãos do aguadeiro Domingos Camões. Mediante o cruzamento desses termos e informações, frente ao topônimo carioca ? o bairro de Água Santa ?  o texto sugere o reencantamento do mundo e a reativação da história (ainda que inventada, ficcionada), bem como a postura anti-teológico-política para “uma crítica que resgate o caráter acéfalo da existência”, que Antelo nos desafia a assumir.

Biografia do Autor

Elisabete de Almeida Esteves, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Bete Esteves artista visual e designer, mestre e desde 2014.2 doutoranda em linguagens visuais pela UFRJ, trabalha com vídeo, fotografia, instalações. Explora a interdisciplinaridade com seus dispositivos poéticos e maquínicos unindo experiências artesanais com aparatos mecânicos, digitais e tecnológicos. Em 2016 exibe a individual “sobre a (...) das coisas” no palácio das artes em BH. Também em 2016, em Joinville, participa da mostra “figurinhas avulsas” na Galeria Municipal de Arte de Joinville, ainda nesse mesmo ano é selecionada no salão Luiz Sacilotto de Santo André e do 41 Salão de Ribeirão Preto. Em 2015 itinerou com a individual “pro céu, pro céu, pro céu, pro chão, pro chao...” Projeto escolhido pelo edital Sesi - SP, Bauru, Rio Claro, Campinas e São José dos Campos. Participou da coletiva “DESLIZE” no MAR em 2014. Em 2013 mostrou a individual “MOVENTES” Prêmio Novíssimos IBEU.

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Publicado

2018-09-05