Sacralizando o secular. Os movimentos etno-fundamentalistas

Autores

  • Enzo Pace Universidade de Pádua

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7984.2017v16n36p403

Resumo

Os movimentos religiosos fundamentalistas encaram o Estado secular como um inimigo, porque pretendem sistematizar seu poder como se Deus não atuasse. Esses movimentos consideram sua religião como o repositório de verdade absoluta, a fonte derradeira que legitima as leis humanas. Assim, conquanto sejam pós-seculares, ao mesmo tempo tentam transformar os princípios religiosos em agendas políticas. Com efeito, os militantes agem frequentemente de acordo com princípios políticos, procurando afirmar o primado de sua própria fé sobre a dos outros. Eles se movem dentro das sociedades contemporâneas em nome de uma teologia política radical. Os principais argumentos baseiam-se em dois estudos de caso: o Bodu Bala Sena no Sri Lanka e os movimentos para o Hindutva na Índia.

Biografia do Autor

Enzo Pace, Universidade de Pádua

Professor de Sociologia e Sociologia da Religião na Universidade de Pádua (Itália), onde dirige o departamento de sociologia (DELETE). Professor visitante na École des Hautes Etudes en Sciences Sociales (Paris) e antigo presidente da Sociedade Internacional para a Sociologia das Religiões (ISSR/SISR).

Publicado

2017-10-17

Edição

Seção

Dossiê Temático