Motricidade e expressão musical

Autores

  • Alberto Andrés Heller

Resumo

Este artigo procura mostrar que o fazer musical não ocorre no tempo, mas que ele é tempo, cria tempo. A partir da compreensão dessa temporalidade, o corpo não se dá mais como coisa nem como ideia, mas como expressão e motricidade; a ação não provém de um eu: dá-se como auto-organização espontânea, como Gestalt expressiva. Trata-se de uma experiência temporal específica, um modo de relação do qual advém uma técnica baseada não na atividade, mas na passividade da atividade (a Gelassenheit heideggeriana, a não-ação do pensamento oriental), sem o que a ação se torna operação, o fazer torna-se afazer.

Biografia do Autor

Alberto Andrés Heller

Possui graduação (Bacharelado) e especialização (Aufbaustudium) em Música (instrumento: piano) pela Hochschule Für Musik Franz Liszt Weimar, Alemanha (1997), doutorado em Teoria Literária pela Universidade Federal de Santa Catarina (2008) e mestrado em Educação também pela UFSC (2002). Lecionou na Escola de Música e Belas Artes de Jena, Alemanha, e na Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). É autor dos livros Fenomenologia da Expressão Musical e John Cage e a poética do silêncio. Possui oito CDs gravados, cinco deles com composições próprias. Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Piano, atuando principalmente nos seguintes temas: música; interpretação; análise; educação; composição; criatividade; improvisação; fenomenologia; filosofia; literatura.

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Publicado

2007-01-01