Implementação da intervenção “Saúde na Boa”: avaliação de processo e características dos estudantes permanecentes e não permanecentes
DOI:
https://doi.org/10.1590/1980-0037.2014v16s1p1Resumo
Intervenções no ambiente escolar têm sido avaliadas para analisar a qualidade da implementação de suas ações e o perfil dos participantes envolvidos. O objetivo deste estudo foi analisar os resultados da avaliação de processo da intervenção “Saúde na Boa”; e testar diferenças entre estudantes permanecentes e não permanecentes até o final da intervenção. Das vinte escolas selecionadas, dez foram sorteadas para a condição “intervenção” e dez compuseram o grupo “controle”, em Recife/PE, e Florianópolis/SC. A avaliação de processo foi realizada nestas escolas, considerando cinco eixos (conhecimento, visibilidade, ambiente, aulas de Educação Física e atividades extraclasse), classificando-se a qualidade operacional da intervenção conforme a mediana do escore em cada um destes fatores (Mediana= 0,0 a 1,0: baixa; 1,1 a 2,0: moderada; 2,1 a 3,0: elevada). As características dos estudantes na linha de base (março de 2006) foram comparadas entre os permanecentes (n= 989) e não permanecentes (n= 1166). Verificou-se qualidade operacional moderada à elevada da intervenção para os itens conhecimento da intervenção (Mediana= 2,0), distribuição de frutas e instalação de bicicletários (Mediana= 1,5), aquisição de materiais (Mediana= 3,0) e distribuição de boletins (Mediana=2,0). O grupo de não permanecentes apresentou significativamente maior frequência de rapazes (47,8% vs. 40,3%), de jovens que trabalhavam (49,2% vs. 44,2), que consumiam cigarros (21,8% vs. 13,6%) e bebidas alcoólicas (57,4% vs. 49,5%), e dormiam ?8 h/dia (19,5% vs. 27,3%) do que os permanecentes. Portanto, a intervenção apresentou qualidade operacional moderada, e o perfil do abandono diferiu com relação ao sexo, ocupação e consumo de drogas lícitas.
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