Avaliação da velocidade crítica de corrida em pista e esteira: perfis fisiológicos e relações com o desempenho em 3000 metros
DOI:
https://doi.org/10.5007/1980-0037.2018v20n5p432Resumo
O presente estudo averiguou se as diferenças nas circunstâncias (esteira vs. pista) de avaliação da velocidade crítica (VC) interferem no valor e na relação com a desempenho em 3000 metros (v3000m) e, assim, indicar a especificidade de cada valor como parâmetro de treinamento para esta distância. Sete corredores (15,3±1,4 anos) submeteram-se a um teste progressivo máximo (incrementos de 1,0 km×h-1×min-1, até a exaustão) para avaliação do V?O2max e velocidade aeróbia máxima (vV?O2max). A seguir, a VC foi estimada a partir do desempenho de corrida em três diferentes intensidades do exercício, em cada ambiente de avaliação, registrando-se o tempo-limite (tLim) nas distâncias de 900, 2100 e 3300 metros na pista, e à 90, 95 e 115% vV?O2max em esteira. Ajustes lineares, pelo método “stepwise”, forneceram os parâmetros VC em esteira (VCESTEIRA) e pista (VCPISTA), que foram comparados pelo teste de Mann-Whitney. O coeficiente de dispersão ajustado à amostra (R2 aj) averiguou a variância de v3000m com VCPISTA, VCESTEIRA
e vV?O2max. Em todas as análises adotou-se P?0,05. No teste progressivo, o V?O2max atingiu 54,2±5,2 mLO2?kg-1?min-1 e a vV?O2max foi 16,8±1,9 km×h-1. Não se observaram diferenças entre VCESTEIRA e VCPISTA (14,0±1,8 vs. 12,3±3,2 km?h-1, P=0,46). Houveram correlações entre v3000m com VCESTEIRA (R2 aj ~0,94), VCPISTA (R2 aj ~0,99) e vV?O2max (R2 aj ~0,90), todas com P=0,001. Conclui-se que o contexto de avaliação não interfere na consistência do valor de VC. Porém, quanto à relação com v3000 metros, a VCPISTA apresenta melhor especificidade, tornando-a mais autêntica que VCESTEIRA para a prescrição do treino e monitoramento do desempenho.
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