Síndrome pré-menstrual e percepção de impacto no desempenho esportivo de atletas brasileiras de futsal

Autores

  • Patrícia Aparecida Gaion Universidade Estadual de Maringá
  • Lenamar Fiorese Vieira Universidade Estadual de Maringá
  • Celene Maria Longo da Silva Universidade Federal de Pelotas

DOI:

https://doi.org/10.1590/1980-0037.2009v11n1p73

Resumo

O objetivo do estudo foi verificar a associação entre Síndrome Pré-Menstrual (SPM) e percepção de impacto no desempenho esportivo de atletas brasileiras de futsal. Foram estudadas 112 atletas, entre 18 a 31 anos de idade, participantes da Taça Brasil de Clubes, em 2007. Utilizou-se ficha auto-aplicável, com critérios do American College of Obstetricians and Gynecologist (2000) para diagnosticar SPM e ficha de percepção de impacto no desempenho esportivo, em escala Likert com valores de 0 (“não afetado”) a 3 (“extremamente afetado”). Para análise dos dados, foram utilizados teste de Mann-Whitney, qui-quadrado de Pearson e regressão de Poisson com variância robusta. A prevalência de SPM foi de 47,32% e o impacto no desempenho esportivo naquelas com SPM foi RP 1,71 (IC95% 1,23 a 2,38). Os sintomas associados com impacto no desempenho esportivo foram depressão, irritabilidade, mastalgia, dificuldade de concentração, dor lombar e cansaço. A intensidade com que as atletas com SPM sentem o desempenho afetado na fase pré-menstrual foi significativa nas categorias “um pouco afetado” (RP 2,1 IC95% 1,26 a 3,55) e “extremamente afetado” (RP 3,5 IC95% 2,23 a 5,62). Atletas com 6 a 9 sintomas apresentaram maior risco (RP 3,20 IC95%1,53 a 6,71) do que atletas com 4 a 5 sintomas (RP 2,82 IC95%1,32 a 6,05) ou com 2 a 3 sintomas (RP 2,57 IC95% 1,25 a 5,30). Em conclusão, a presença de SPM, o número e o tipo de sintoma apresentaram associação com impacto no desempenho esportivo percebido por atletas brasileiras de futsal.

Biografia do Autor

Patrícia Aparecida Gaion, Universidade Estadual de Maringá

Departamento de Educação Física

Lenamar Fiorese Vieira, Universidade Estadual de Maringá

Departamento de Educação Física

Celene Maria Longo da Silva, Universidade Federal de Pelotas

Faculdade de Medicina

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Publicado

2009-01-01

Edição

Seção

Artigos Originais