Os atletas do atletismo paralímpico têm baixa energia disponível?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1980-0037.2018v20n1p71

Resumo

Um dos maiores desafios ao trabalhar com atletas é alcançar as demandas de energia para os processos fisiológicos e despesas com exercícios. O objetivo deste estudo foi avaliar a disponibilidade de energia (EA) dos atletas paralimpicos de atletismo (velocistas). Dezessete atletas (9 homens e 8 mulheres) com deficiência visual (VI, n=10), paralisia cerebral (CP, n=4) e deficiência motora (LD, n=3) foram avaliados quanto à ingestão de energia (EI) (4 dias de registro fotográfico dos alimentos), gasto de energia com exercício (EEex) (sensor de movimento) e composição corporal (método de dobras cutâneas). A disponibilidade de energia foi estimada usando a equação: EA = (EIkcal - EEexkcal) / massa livre de gordura (FFM) / dia, e os valores ? 30kcal/kgFFM/dia foram considerados como baixa disponibilidade de energia (LEA). O EEex variou de 130 a 477kcal/h, e os atletas treinaram em média por 3,2 horas por dia. A EA média para VI, LD e CP foi 36 (2,19), 37 (1,90) e 38 (3,38) kcal/kgFFM/dia, respectivamente. A maioria (82,3%) dos participantes apresentaram EA abaixo de ? 45kcal/kgFFM/dia, ao longo dos dias, que são os valores recomendados para atletas sem deficiência. Os atletas devem ser encorajados a consumir EA adequada para evitar consequências relacionadas à baixa disponibilidade de energia. Há necessidade de pesquisas adicionais para identificar valores de corte adequados para essa população.

Biografia do Autor

Daniel Paduan Joaquim, Universidade Federal de São Paulo

Universidade Federal de São Paulo

Claudia Ridel Juzwiak, Universidade Federal de São Paulo

Universidade Federal de São Paulo

Ciro Winckler, Universidade Federal de São Paulo

Universidade Federal de São Paulo

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Publicado

2018-03-14

Edição

Seção

Artigos Originais