Em nome de Maya Angelou

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1806-9584-2019v27n358624

Resumo

Este artigo se propõe a reavaliar criticamente a segunda obra autobiográfica de Maya
Angelou, Gather together in my name (2004 [1974]). Na representação literária de si, Angelou narra sua jornada de vida como uma jovem mulher negra com um filho sem pai, lutando para sobreviver com liberdade na sociedade estadunidense dos anos 1940, marcadamente racista e sexista. Uma leitura atenta à sinuosidade dos fragmentos narrativos revela que Angelou compõe uma variante de uma womanist prose, conforme Alice Walker (1983), identificada como poética de sua verdade autobiográfica, através da qual a escritora examina sua vida interior, incomoda concepções culturais preconcebidas da mulher de ascendência africana e corrige omissões desse sujeito histórico que se autorregenera.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Felipe Fanuel Xavier Rodrigues, Fundação Técnico-Educacional Souza Marques (FTESM)

Professor adjunto de língua inglesa e literaturas de língua inglesa na Fundação Técnico-Educacional Souza Marques (FTESM). Pós-Doutor em Literatura Comparada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) com bolsa FAPERJ Nota 10 (2017). Doutor em Literatura Comparada pela UERJ (2016). Realizou estágio doutoral no Dartmouth College, EUA, com bolsa CAPES/Fulbright (2014-2015).

Referências

ANGELOU, Maya. “Shades and slashes of light”. In: EVANS, Mari (Ed.). Black women writers (1950-1980): a critical evaluation. Nova York: Anchor, 1984. p. 3-5.

ANGELOU, Maya. Wouldn’t take nothing for my journey now. Nova York: Random House, 1994a.

ANGELOU, Maya. The complete collected poems of Maya Angelou. Nova York: Random House, 1994b.

ANGELOU, Maya. Eu sei por que o pássaro canta na gaiola. Rio de Janeiro: José Olympio, 1996.

ANGELOU, Maya. “Gather together in my name”. In: ANGELOU, Maya. The collected autobiographies of Maya Angelou. Nova York: The Modern Library, 2004a [1974]. p. 223-384.

ANGELOU, Maya. “I know why the caged bird sings”. In: ANGELOU, Maya. The collected autobiographies of Maya Angelou. Nova York: The Modern Library, 2004b [1969]. p. 1-222.

ANGELOU, Maya. Carta a minha filha. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010.

ANGELOU, Maya. Mom & me & mom. Nova York: Random House, 2013.

BÍBLIA. Português. A Bíblia de Jerusalém. Nova edição, revista. São Paulo: Paulus, 2000.

COLLINS, Patricia Hill. “What’s in a name? Womanism, black feminism, and beyond”. The Black Scholar, v. 26, n. 1, p. 9-17, winter/spring 1996.

CORRÊA, Cláudia Maria Fernandes. Ecos da solidão: uma autobiografia de Maya Angelou. 2008. Dissertação (Mestrado em Estudos Linguísticos e Literários em Inglês) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

CUDJOE, Selwyn R. “Maya Angelou and the autobiographical statement”. In: EVANS, Mari (Ed.). Black women writers (1950-1980): a critical evaluation. Nova York: Anchor, 1984. p. 6-24.

DAVIES, Carole Boyce. “Hearing black women’s voices: transgressing imposed boundaries”. In: DAVIES, Carole Boyce; OGUNDIPE-LESLIE, ‘Molara (Eds.). International dimensions of black women’s writing. Londres: Pluto Press, 1995. p. 3-14.

FANON, Frantz. Os condenados da terra. Juiz de Fora: EDUFJF, 2005.

GATES Jr., Henry Louis. The signifying monkey: a theory of African-American literary criticism. Nova York: Oxford, 1989.

HILL, Esther. “Maya Angelou: resolving the past, embracing the future”. In: ELLIOT, Jeffrey M. (Ed.). Conversations with Maya Angelou. Jackson: University Press of Mississippi, 1989. p. 109-114.

hooks, bell. “Vivendo de amor”. In: WERNECK, Jurema et al. (Orgs.). O livro da saúde das mulheres negras: nossos passos vêm de longe. Rio de Janeiro: Pallas/Criola, 2006. p. 188-198.

KOYANA, Siphokazi. “The heart of the matter: motherhood and marriage in the autobiographies of Maya Angelou”. In: BLOOM, Harold (Ed.). Maya Angelou. Nova York: Bloom’s Literary Criticism, 2009. p. 67-90.

LUPTON, Mary Jane. Maya Angelou: a critical companion. Westport e Londres: Greenwood Press, 1998.

McPHERSON, Dolly A. Order out of chaos: the autobiographical works of Maya Angelou. Nova York: Peter Lang, 1990.

NELSON, Vednita. “Prostitution: where racism & sexism intersect”. Michigan Journal of Gender and Law, Ann Arbor, v. 1, n. 1, p. 81-89, 1993.

O’NEALE, Sondra. “Reconstruction of the composite self: new images of black women in Maya Angelou’s continuing autobiography”. In: EVANS, Mari (Ed.). Black women writers (1950-1980): a critical evaluation. Nova York: Anchor, 1984. p. 25-36.

PASCAL, Roy. Design and truth in autobiography. Londres: Routledge, 2016.

SALGUEIRO, Maria Aparecida Andrade. Escritoras negras contemporâneas: estudos de narrativas: Estados Unidos e Brasil. Rio de Janeiro: Caetés, 2004.

SHAKESPEARE, William. Hamlet. Londres: Penguin, 2001.

SHANGE, Ntozake. For colored girls who have considered suicide/when the rainbow is enuf. Nova York: Scribner, 2010.

SHOCKLEY, Ann Allen. “The black lesbian in American literature: an overview”. In: SMITH, Barbara (Ed.). Home girls: a black feminist anthology. New Brunswick: Rutgers University Press, 2000. p. 83-93.

SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar?. Belo Horizonte: EDUFMG, 2014.

TATE, Claudia. “Maya Angelou: an interview”. In: BRAXTON, Joanne M. (Ed.). Maya Angelou’s I know why the caged bird sings: a casebook. Oxford: Oxford University Press, 1999. p. 149-158.

TRAYLOR, Eleanor W. “Maya Angelou writing life, inventing literary genre”. In: BLOOM, Harold (Ed.). Maya Angelou. Nova York: Bloom’s Literary Criticism, 2009. p. 91-105.

WAGNER-MARTIN, Linda. Maya Angelou: adventurous spirit. Nova York: Bloomsbury, 2016.

WALKER, Alice. In search of our mothers’ gardens: womanist prose. Nova York: Harcourt, 1983.

WEST, Cornel. Race matters. Nova York: Vintage Books, 1994.

Downloads

Publicado

2019-12-20

Como Citar

Rodrigues, F. F. X. (2019). Em nome de Maya Angelou. Revista Estudos Feministas, 27(3). https://doi.org/10.1590/1806-9584-2019v27n358624

Edição

Seção

Artigos