“Mulher-raça”: a reprodução da nação em Gabriela Mistral

Autores

  • Licia Fiol-Matta Lehman College, City University of New York

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0104-026X200500020003

Resumo

O artigo desmascara a posição pública assumida por Gabriela Mistral como defensora dos povos indígenas, argumentando que no âmbito privado sua posição foi absolutamente oposta a qualquer afirmação sexual pública não-normativa. A autora sugere três operações críticas para a leitura da obra de Mistral sobre o sujeito da “raça” latino-americana: a recusa da negritude (Mistral reage a ela com ansiedade, sexualização e patologização, ou seja, com atitudes brancas estereotipadas), a cumplicidade da linguagem da diversidade com as práticas do pensamento supremacista branco (evidenciada em sua correspondência) e o papel da queerness no nacionalismo racializado de Mistral (sua atitude queer acabou ajudando a aprimorar a heteronormatividade e o projeto racial latino-americanista).

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2005-01-01

Como Citar

Fiol-Matta, L. (2005). “Mulher-raça”: a reprodução da nação em Gabriela Mistral. Revista Estudos Feministas, 13(2), 227. https://doi.org/10.1590/S0104-026X200500020003

Edição

Seção

Artigos