Gênero e cultura material: a dimensão política dos artefatos cotidianos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/%25x

Resumo

Neste ensaio, tenho como objetivo discutir as implicações políticas da cultura material no que concerne às relações de gênero. Tendo como principal referência o pensamento de Judith Butler, as reflexões apresentadas no texto buscam problematizar como os valores objetificados nos artefatos cotidianos contribuem para a naturalização de diferenças que justificam desigualdades. Implicados na afirmação de binarismos de gênero, os artefatos podem servir como recursos materiais para a constituição de corpos ajustados às noções de “mulherfeminina” e “homem-masculino”. Sendo assim, quero afirmar que o questionamento de visões hegemônicas quanto ao caráter naturalizado das clivagens de gênero, bem como da heterossexualidade como a ordem dominante do desejo, passa também pela reconfiguração das relações que temos com as materialidades que nos rodeiam.

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Biografia do Autor

Marinês Ribeiro dos Santos, UTFPR

Doutora em Ciências Humanas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Professora noscursos de graduação do Departamento Acadêmico de Desenho Industrial e nos cursos de Mestrado e Doutorado em Tecnologia e Sociedade do Programa de Pós-graduação em Tecnologia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Realiza pesquisas na área de Teoria e História do Design, com ênfase nas articulações entre cultura material, espaço doméstico e relações de gênero.

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Publicado

2018-04-24

Como Citar

Santos, M. R. dos. (2018). Gênero e cultura material: a dimensão política dos artefatos cotidianos. Revista Estudos Feministas, 26(1). https://doi.org/10.1590/%x

Edição

Seção

Ensaio