Circulação e vivência nas cidades: ser mulher, ser fl âneuse
DOI:
https://doi.org/10.1590/1806-9584-2021v29n167152Resumen
Neste artigo, propomos uma reflexão sobre a circulação das mulheres nas cidades, entendendo que os caminhos e as experiências nas diversas cidades grandes do mundo se diferem, levando em consideração as questões de raça e classe inseridas ao pesquisarmos essas mulheres. Encontramos o conceito da flâneuse, mulher que percorre caminhos pela cidade ao mesmo tempo em que reflete e cria durante esses trajetos, buscando de que maneira se dá a relação da mulher com as ruas da cidade e como, nessa relação, surgem mecanismos de resistência, ao trazê-lo para o âmbito da região metropolitana do Rio de Janeiro e suas especificidades.
Descargas
Citas
AKOTIRENE, Carla. Interseccionalidade. São Paulo: Pólen, 2019. (Coleção Feminismos Plurais - coord. Djamila Ribeiro)
BAUDELAIRE, Charles. “O pintor da vida moderna”. In: BAUDELAIRE, Charles. Sobre a modernidade. São Paulo: Paz e Terra, 2001.
BENJAMIN, Walter. Passagens. Belo Horizonte: EDUFMG, 2006.
CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano: artes de fazer. 22. ed. Petrópolis: Vozes, 2014.
CRENSHAW, Kimberlé. “Demarginalizing the intersection of race and sex: a black feminist critique of antidiscrimination doctrine, feminist theory and antiracist politics”. University of Chicago Legal Forum, p. 139-167, 1989.
D’INCAO, Maria Ângela. “Mulher e família burguesa”. In: DEL PRIORE, Mary (Org.); BASSANEZI, Carla (Coord. de textos). História das mulheres no Brasil. 10. ed. São Paulo: Contexto, 1997.
INSTITUTO DE SEGURANÇA PÚBLICA (ISP). Dados. DOSSIÊ Mulher 2017. Instituto de Segurança Pública, 2017. Disponível em http://arquivos.proderj.rj.gov.br/isp_imagens/Uploads/DossieMulher2017.pdf. Acesso em 28/04/2020.
ELKIN, Lauren. Flâneuse: women walk the city in Paris, New York, Tokyo, Venice, and London. New York: Farrar; Strausand Giroux, 2016.
ESTÉS, Clarissa Pinkola. Mulheres que correm com os lobos: mitos e histórias do arquétipo da mulher selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.
FERREIRA, Gabriela Rizo. Deslocamentos e costuras com as mulheres da Baixada Fluminense: uma viagem à terra de muitas águas. 2018. Dissertação (Mestrado em Cultura e Territorialidades) – Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
PRADO, Amanda. “Elas não se sentem livres”. Gênero e Número, 2017. Disponível em http://www.generonumero.media/elas-nao-se-sentem-livres/. Acesso em 28/04/2020.
HOLLANDA, Heloísa Buarque de (Org.). Explosão feminista: Arte, cultura, política e universidade. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
JACQUES, Paola Berenstein. Elogio aos errantes. Salvador: EDUFBA, 2012.
KRACAUER, Siegfried. Jacques Offenbach and the Paris of his time. London: Constable, 1981.
MELLO, Luísa A. M. Mulheres, práticas de resistência cultural e ocupação simbólica: as flâneuses da Baixada. 2018. Dissertação (Mestrado em Educação, Cultura e Comunicação) – Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
MONNET, Nadja. “Flanâncias femininas e etnografia”. Redobra, ano 5, n. 11, p. 218-234, 2014.
PEREC, George. Species of spaces. London: Penguin, 2008.
POLLOCK, Griselda. Vision and difference: femininity and the histories of art. London: Routledge, 1988.
RIO, João do. A alma encantadora das ruas. Rio de Janeiro: Organização Simões, 1951.
ROBIN, Régine. Mégapolis: les derniers pas du flâneur. Paris: Stock, 2009. 397p.
ROLNIK, Raquel. “Territórios negros nas cidades brasileiras: etnicidade e cidade em São Paulo e no Rio de Janeiro”. Estudos Afro-Asiáticos, Rio de Janeiro, n. 17, p. 29-41, set. 1989.
SCHUMAHER, Schuma; BRAZIL, Érico V. Mulheres negras no Brasil. Sã o Paulo: Senac, 2007.
SISTEMA FIRJAN. Disponível em https://www.firjan.com.br/o-sistema-firjan/mapa-do-desenvolvimento. Acesso em 28/04/2020.
SOIHET, Rachel. “Mulheres pobres e violência no Brasil urbano”. In: DEL PRIORE, Mary (Org.); BASSANEZI, Carla (Coord. de textos). História das mulheres no Brasil. 10. ed. São Paulo: Contexto, 1997.
SOLNIT, Rebecca. A história do caminhar. São Paulo: Martins Fontes, 2016a.
SOLNIT, Rebecca. “City of Women”. The New Yorker, 2016b. Disponível em https://www.newyorker.com/books/page-turner/city-of-women. Acesso em 28/04/2020.
WILSON, Elizabeth. “O flâneur invisível”. ArtCultura, Uberlândia, v. 15, n. 27, p. 43-63, jul.-dez. 2013.
WILSON, Elizabeth. The sphinx in the city: urban life, the control of disorder, and women. Berkeley and Los Angeles: University of California Press, 1992.
WOLFF, Janet. “The invisible flâneuse: women and the literature of modernity”. Theory, Culture & Society, v. 2, n. 3, p. 37-46, nov. 1985.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 Revista Estudos Feministas
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
La Revista Estudos Feministas está bajo licencia de la Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite compartir el trabajo con los debidos créditos de autoría y publicación inicial en este periódico.
La licencia permite:
Compartir (copiar y redistribuir el material en cualquier medio o formato) y/o adaptar (remezclar, transformar y crear a partir del material) para cualquier propósito, incluso comercial.
El licenciante no puede revocar estos derechos siempre que se cumplan los términos de la licencia. Los términos son los siguientes:
Atribución - se debe otorgar el crédito correspondiente, proporcionar un enlace a la licencia e indicar si se han realizado cambios. Esto se puede hacer de varias formas sin embargo sin implicar que el licenciador (o el licenciante) haya aprobado dicho uso.
Sin restricciones adicionales - no se puede aplicar términos legales o medidas de naturaleza tecnológica que restrinjan legalmente a otros de hacer algo que la licencia permita.