Intensos encontros: Michel Foucault, Judith Butler, Paul B. Preciado e a teoria queer
DOI:
https://doi.org/10.1590/1806-9584-2021v29n167637Resumen
A teoria queer é apresentada neste artigo como um conjunto de encontros entre pensamentos em constante reinvenção. Derivam desses diálogos tessituras de conceitos e operações analíticas com disposição política, cujas forças residem em suas habilidades de afrouxar ou até mesmo desatar os nós de verdades cis-heterocentradas, especialmente, no que diz respeito a corpos, gêneros e sexualidades. Nesse sentido, realizo uma revisão das ideias principais em três obras consideradas centrais à epistemologia queer: História da sexualidade 1: a vontade de saber, de Michel Foucault; Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade, de Judith Butler; e Testo yonqui, de Paul B. Preciado. No tocar dessas movimentações, menciono as aproximações e os distanciamentos entre as propostas, bem como os seus efeitos em leituras brasileiras.
Descargas
Citas
AHMED, Sara. “Entrevista – Judith Butler: ‘Boa parte de teoria queer foi dirigida contra o policiamento da identidade’”. Revista ComCiência, v. 1, n. 185, 2017. Disponível em http://www.comciencia.br/entrevista-com-judith-butler/. Acesso em 21/04/2020.
BENTO, Berenice. A reinvenção do corpo: sexualidade e gênero na experiência transexual. Rio de Janeiro: Garamond, 2006.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
CARRILLO, Jesús. “Entrevista com Beatriz Preciado”. Cadernos Pagu, Campinas, n. 28, p. 375-405, jun. 2007. Disponível em https://doi.org/10.1590/S0104-83332007000100016. Acesso em 21/04/2020.
CÓRDOBA, David, SÁEZ, Javier; VIDARTE, Paco. Teoria queer. políticas bolleras, maricas, trans, mestizas. 2. ed. Madrid: Editorial Egales, 2007.
De Lauretis, Teresa. “Queer theory: lesbian and gay sexualities: an introduction”. Differences, Providence, v. 3, n. 2, p. 3-28, 1991.
DERRIDA, Jacques. Gramatologia. São Paulo: Perspectiva, 1973.
DOUGLAS, Mary. Purity and danger. London; Boston; Henley: Routledge e Kegan Paul, 1969.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade 1: a vontade de saber. 13. ed. Rio de Janeiro: Graal, 1999a.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. 20. ed. Petrópolis: Vozes, 1999b.
HALPERIN, David. “The normalization of queer theory”. Journal of Homosexuality, New York, EUA, v. 45, n. 2/3/4, p. 339-343, Feb. 2003. Disponível em https://doi.org/10.1300/J082v45n02_17. Acesso em 19/08/2019.
LOURO, Guacira Lopes. “Os estudos queer e a educação no Brasil: articulações, tensões, resistências”. Contemporânea, São Carlos, v. 2, n. 2, p. 363-369, 2012. Disponível em http://www.contemporanea.ufscar.br/index.php/contemporanea/article/view/87. Acesso em 19/08/2019.
LOURO, Guacira Lopes. “Teoria queer: uma política pós-identitária para a educação”. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 9, n. 2, p. 541-553, 2001. Disponível em https://doi.org/10.1590/S0104-026X2001000200012. Acesso em 21/04/2020.
MISKOLCI, Richard. “A Teoria Queer e a Sociologia: o desafio de uma analítica da normalização”. Sociologias, Porto Alegre, n. 21, p. 150-182, 2009. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-45222009000100008&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em 19/08/2019.
MISKOLCI, Richard. “Estranhando as Ciências Sociais: notas introdutórias sobre Teoria Queer”. Revista Florestan Fernandes, São Carlos, v. 1, n. 2, p. 8-25, 2014. Disponível em http://www.revistaflorestan.ufscar.br/index.php/Florestan/article/view/62. Acesso em 21/04/2020.
MISKOLCI, Richard. Teoria queer: um aprendizado pelas diferenças. Belo Horizonte: Autêntica, 2012.
ORLANDI, Luiz. Arrastões na imanência. Campinas: Editora Phi, 2018.
PELÚCIO, Larissa. “Traduções e torções ou o que se quer dizer quando dizemos queer no Brasil?”, Periódicus, Salvador, v. 1, n. 1, p. 68-91, 2014. Disponível em https://portalseer.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/10150. Acesso em 19/08/2019.
PELÚCIO, Larissa; MISKOLCI, Richard. “A prevenção do desvio: o dispositivo da aids e a repatologização das sexualidades dissidentes”. Sexualidad, Salud y Sociedad, Rio de Janeiro, n. 1, p. 125-157, 2009. Disponível em http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=293322961007. Acesso em 19/08/2019.
PEREIRA, Pedro Paulo. “Queer nos trópicos”. Contemporânea – Revista de Sociologia da UFSCar, São Carlos, v. 2, n. 2, p. 371-394, jul./dez. 2012. Disponível em http://www.contemporanea.ufscar.br/index.php/contemporanea/article/view/88. Acesso em 02/05/2020.
PERLONGHER, Néstor. O negócio do michê: prostituição viril em São Paulo. São Paulo: Brasiliense, 1987.
PRECIADO, Paul B. “Multidões queer: notas para uma política dos ‘anormais’”. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 19, n. 1, p. 11-20, abr. 2011. Disponível em https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/S0104-026X2011000100002/18390. Acesso em 30/04/2020.
PRECIADO, Paul B. Testo yonqui. Madrid: Espasa Calpe, 2008.
RUBIN, Gayle. “Geologias dos estudos queer: um déjà vu mais uma vez”. Sociedade e Cultura, Goiânia, v. 19, n. 2, p. 117-125, 2016. Disponível em https://www.revistas.ufg.br/fchf/article/view/48676. Acesso em 19/08/2019.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 Revista Estudos Feministas
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
La Revista Estudos Feministas está bajo licencia de la Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite compartir el trabajo con los debidos créditos de autoría y publicación inicial en este periódico.
La licencia permite:
Compartir (copiar y redistribuir el material en cualquier medio o formato) y/o adaptar (remezclar, transformar y crear a partir del material) para cualquier propósito, incluso comercial.
El licenciante no puede revocar estos derechos siempre que se cumplan los términos de la licencia. Los términos son los siguientes:
Atribución - se debe otorgar el crédito correspondiente, proporcionar un enlace a la licencia e indicar si se han realizado cambios. Esto se puede hacer de varias formas sin embargo sin implicar que el licenciador (o el licenciante) haya aprobado dicho uso.
Sin restricciones adicionales - no se puede aplicar términos legales o medidas de naturaleza tecnológica que restrinjan legalmente a otros de hacer algo que la licencia permita.