O fenômeno do mal-estar docente: o caso do “professor de matemática”

Autores

  • Célia Maria Carolino Pires Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
  • Maurício Beranger Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.5007/1981-1322.2009v4n1p78

Resumo

O presente artigo tem como objetivo identificar e compreender comportamentos, atitudes e valores que constituem a especificidade de ser professor de Matemática e como se revela sua identidade profissional, composta e moldada por componentes de natureza cultural, religiosa, ética, entre outras e resultante de mudanças sociais, políticas, econômicas e tecnológicas. Analisa como um grupo de professores de Matemática de escolas públicas de São Paulo se percebe na sociedade atual e em suas comunidades de atuação, como interagem com orientações curriculares oficiais, como analisam resultados das avaliações e como se posicionam em relação a políticas públicas como o sistema de cotas e progressão continuada. Referencia-se em pesquisas de Sacristán (1995), Esteve (1995), Ferreira (1995) e Apple (2000), buscando entender o fenômeno do mal-estar docente, descrito por Esteve e suas implicações como o desânimo no exercício da profissão e o desprestígio social que tem como conseqüência a baixa procura, pelas novas gerações, de cursos de formação de professores de Matemática.

Biografia do Autor

Célia Maria Carolino Pires, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Concluiu Mestrado em Matemática pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1982) e Doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo (1995). Atuou como docente em Matemática na Educação Básica e como diretora de escola e supervisora de ensino na rede pública do Estado de São Paulo. Desde 1980, atua no Ensino Superior. É Professora Titular do Departamento de Matemática e Professora do Programa de Estudos Pós Graduados em Educação Matemática. Desenvolve projetos de pesquisa sobre inovações curriculares na Educação Básica e formação de Professores de Matemática. É líder do grupo de pesquisa "Desenvolvimento Curricular em Matemática e Formação de Professores". Participou como elaboradora e coordenadora da equipe de elaboração dos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ministério da Educação, para o Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos. Recebeu o título de Cavaleiro da Ordem Nacional do Mérito Educativo, Ministério da Educação do Brasil (2002). Recebeu o Prêmio Jabuti, de melhor livro didático da Câmara Brasileira do Livro (1994) e o Prêmio Capes de Teses da Área de Ensino de Ciências e Matemática, como orientadora de tese de doutorado (2006). Foi presidente da Sociedade Brasileira de Educação Matemática (2001/2004) e Presidente da Federação Iberoamericana de Educação Matemática (2003/2004). Foi coordenadora do Curso de Licenciatura em Matemática da PUC/SP (2005/2007). Organizou e coordenou cursos em Programas de Formação de Professores na rede pública de São Paulo. Em 2007/2008 coordenou o Programa de Orientações Curriculares da rede municipal de São Paulo. Atualmente é Coordenadora do Curso de Pós-Graduação em Educação Matemática da PUC/SP e do Programa de Formação de Formação de Professores em Educação Matemática Profemat.

Maurício Beranger, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Possui graduação em iências licenciatura plena em Matemática pela Universidade de Sorocaba (1985) e mestrado-profissionalizante em Educação Matemática pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2007) . Atualmente é Professor de Educação Básica - II do Governo do Estado de São Paulo e Professor Titular de Ens. Fund. e Ens. Médio da Prefeitura Municipal de São Paulo.

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Publicado

2009-01-01

Edição

Seção

Artigos