“Pinguço”, “Cachaça”, “Bebum”: a sociodinâmica da estigmatização no trabalho naval

Autores

  • Elizabeth Espindola Halpern Marinha do Brasil
  • Ligia Costa Leite Instituto de Psiquiatria da UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.5007/2178-4582.2014v48n2p329

Resumo

Um estudo de casos múltiplos e explanatório foi realizado entrevistando 13 pacientes de um ambulatório de dependência química da Marinha do Brasil, objetivando examinar o papel da instituição na construção do alcoolismo dos pacientes. O objetivo central deste artigo foi discutir um dos resultados da pesquisa central: as razões que envolvem a atribuição dos rótulos aos pacientes e seus efeitos. A amostragem, a coleta, análise e interpretação dos dados foram feitas de forma circular. Dentre os resultados, constatou-se que existe uma sociodinâmica da estigmatização resultante de conjunturas peculiares ao funcionamento da instituição naval, que ajudam a afixar um rótulo de inferioridade nesses indivíduos e que podem exacerbar o curso do envolvimento com o álcool. O esclarecimento sobre os diversos aspectos envolvidos na construção do alcoolismo ajuda a ver esses pacientes livres de rótulos, permitindo a adoção de medidas de proteção ao trabalhador.

Biografia do Autor

Elizabeth Espindola Halpern, Marinha do Brasil

Doutora em Saúde Mental pelo Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Mestre em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Psicóloga e Capitão-de-Fragata da Marinha do Brasil

Ligia Costa Leite, Instituto de Psiquiatria da UFRJ

Doutora em Comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e Professora Colaboradora Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ, Brasil

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Publicado

2014-12-18

Edição

Seção

Artigos