A sobrevivência como estratégia para suportar o sofrimento no trabalho bancário

Autores

  • Sonia Resende UNEB - Brasília - DF
  • Ana Magnólia Mendes UnB - Brasília - DF

Resumo

O artigo relata a investigação das vivências de prazer e sofrimento e suas relações com os valores individuais no trabalho bancário. O foco recai sobre a representação do valor do trabalho, no sentido de verificar se o trabalho promove identidade e realização ou se tem um significado de sobrevivência, considerando a falta de opção no mercado e o medo da exclusão. São utilizadas as teorias da Psicodinâmica do Trabalho e da Estrutura Universal dos Valores Humanos. Participaram da pesquisa 210 bancários da função de atendimento ao público, 51,9% do sexo masculino e 48,1% do sexo feminino, de instituições públicas (61,3%) e privadas (38,7%), com idade até 30 anos (59,2%); tempo de serviço de até 5 anos (57,2%), nível universitário (75,2%), remuneração entre 1 e 5 salários mínimos (48,3%). Foram aplicados o Inventário de Valores de Schwartz e a Escala de Indicadores de Prazer-Sofrimento no Trabalho, ambos validados. Utilizou-se estatística descritiva, teste “t” e regressões lineares. Os resultados apontam que os bancários vivenciam prazer e sofrimento de forma moderada. A correlação entre os fatores de prazer-sofrimento e valores é frágil, levando a concluir que o sofrimento desses trabalhadores não está sendo influenciado pelas características individuais, mas possivelmente, segundo postulados da Psicodinâmica do Trabalho, pela organização do trabalho.

Biografia do Autor

Sonia Resende, UNEB - Brasília - DF

Graduação em Psicologia pelo UNICEUB (1994), especialização em Administração Hospitalar pela UNAERP (1998) e mestrado em Psicologia pela UnB (2003). Atualmente é professor titular do UNEB.

Mais informações: Currículo Lattes - CNPq.

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Publicado

2004-01-01

Edição

Seção

Artigos