Análise Comparativa entre Pesquisadores e Profissionais de Suporte à Pesquisa na Embrapa: o Enfoque da Psicodinâmica e da Ergonomia da Atividade

Autores

  • Rosana Hoffman Câmara Programa de Pós-Graduação em Administração, da Universidade de Brasília (PPGA/UnB), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA)
  • Maria de Fátima Bruno Faria Programa de Pós-Graduação em Administração, da Universidade de Brasília (PPGA/UnB)

Resumo

Objetivou-se comparar a percepção de dois grupos profissionais de uma organização de pesquisa quanto à influência do contexto de trabalho nas vivências de prazer e sofrimento, com suporte teórico na Ergonomia da Atividade e na Psicodinâmica do Trabalho. Como indicadores de contexto, a organização do trabalho, condições e relações socioprofissionais dos trabalhadores foram observadas. Nas vivências de prazer, foram avaliados os fatores que representam gratificação e liberdade e, nas de sofrimento, os que retratam sentimentos de insegurança e desgaste. Utilizou-se a Escala de Avaliação do Contexto de Trabalho (EACT), a Escala de Indicadores de Prazer-Sofrimento no Trabalho (EIPST) e onze entrevistas individuais semiestruturadas para a coleta dos dados, examinados por meio de estatísticas descritivas e inferenciais e análise de núcleos de sentido. Predominaram as vivências de sofrimento para os empregados de suporte à pesquisa, com a racionalização e a negação como estratégias de enfrentamento do sentimento. Nos dois grupos, o fluxo de trabalho era comprometido pela excessiva burocracia e pela falta de diretrizes consistentes que norteassem as tarefas, o que, somado a uma organização rígida do trabalho, pautada por normas e regras, pode cercear os sentimentos de gratificação e de liberdade e levar ao trabalho fatigante, ao sofrimento e, consequentemente, ao adoecimento. Palavras-chave: contexto de trabalho; prazer e sofrimento; ergonomia da atividade; estratégias de mediação.

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Publicado

2009-11-04

Edição

Seção

Artigos