Ideias preliminares sobre as noções de controle e intencionalidade em ambientes complexos de performance

Autores

  • Rogério Luiz Moraes Costa Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.5007/1807-9288.2018v14n1p114

Resumo

Neste artigo abordo a questão do controle e da intencionalidade em performances puramente musicais ou que envolvam outras linguagens artísticas e novas tecnologias. Parto de considerações preliminares sobre o assunto relacionando-o aos contextos em que a performance se baseia na interpretação de obras escritas e aos contextos em que a mesma ocorre através da improvisação onde o conceito de obra não é tão relevante. Em seguida relaciono os mesmos temas aos ambientes de improvisação idiomática e às práticas de improvisação livre. Com relação a este aspecto, discorro sobre a questão das memórias coletivas e individuais que condicionam os ambientes de performance, relacionando-a aos conceitos de conhecimento de base e referente. Posteriormente, defino a noção de ambiente complexo de performance como sendo aquele em que vários componentes heterogêneos (inclusive componentes digitais) interagem. Finalizo o texto discutindo de forma preliminar, estes temas através de exemplos de ambientes complexos de performance.

Biografia do Autor

Rogério Luiz Moraes Costa, Universidade de São Paulo

Possui o diploma de Licenciatura em Artes com Habilitação em Música pela Universidade de São Paulo (1983), mestrado em Musicologia pela Universidade de São Paulo (2000) e doutorado em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2003). Atualmente é professor livre docente e pesquisador vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Música da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de artes, com ênfase em composição, teoria e análise musical. Seu principal tema de investigação é a improvisação. Desenvolve projeto de pesquisa a respeito da improvisação musical e suas conexões, particularmente sobre o ambiente da livre improvisação com interação eletroacústica em tempo real, processos criativos e criação coletiva. Faz parte da equipe de pesquisadores do NuSom (Núcleo de Pesquisas em Sonologia) coordenado pelo professor Fernando Iazzetta e sediado no Departamento de Música da ECA/USP. Tem composições para variadas formações incluindo octetos, quartetos, trios, duos, peças para saxofone solo e estudos para piano. Atua ainda como saxofonista e flautista em grupos que se dedicam à música experimental e à livre improvisação. Atualmente é integrante do grupo Entremeios com o pianista e improvisador Alexandre Zamith e os artistas multimídia e improvisadores Alessandra Bochio e Felipe M. Castellani. É também fundador e coordenador do grupo experimental Orquestra Errante. Os dois grupos são sediados no Departamento de Música da ECA/USP.

Referências

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Publicado

2018-08-01

Edição

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Artigos