Norma padrão, norma culta e hibridismo linguístico em traduções de artigos do New York Times

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7968.2019v39n3p111

Resumo

Este artigo traz resultados de uma pesquisa envolvendo um estudo sobre normas linguísticas híbridas em artigos jornalísticos do New York Times, traduzidos, para o português, e veiculados no site UOL. Segundo Faraco (2008) e Bagno (2012), há uma diferença entre a norma padrão e a norma culta, sendo a primeira aquela que reúne regras que prescrevem formas linguísticas a serem seguidas de acordo com um modelo idealizado de língua, mas difícil de ser seguido pela maioria dos usuários; e a segunda, aquela que reúne o conjunto de formas linguísticas que são, de fato, empregadas por muitos escreventes, sendo, portanto, mais acessíveis intuitivamente, embora não aceitas pela tradição gramatical conservadora representada pela norma padrão, comumente divulgada em compêndios gramaticais e manuais de estilo.  Pretende-se avaliar se seria possível afirmar que textos jornalísticos traduzidos do inglês, semelhante ao que já comprovadamente ocorre com textos jornalísticos originalmente escritos em português, são igualmente permeáveis a formas linguísticas não abonadas pela norma padrão.

Biografia do Autor

Lauro Maia Amorim, Universidade Estadual Julio de Mesquita Filho - São José do Rio Preto, São Paulo

É Bacharel em Letras Com Habilitação de Tradutor pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2000), localizada em São José do Rio Preto - SP, e Mestre em Estudos Lingüísticos/Estudos da Tradução, pelo Programa de Pós Graduação Em Estudos Lingüísticos da mesma instituição (2003). Sua dissertação de Mestrado foi selecionada para publicação pelo PROPP-Editora da Unesp, tendo sido publicada em 2006 com o título: "Tradução e Adaptação: Encruzilhadas da Textualidade em Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, e em Kim, de Rudyard Kipling." É Doutor em Translation Studies pelo Departamento de Literatura Comparada da State University of New York (SUNY), em Binghamton. Atualmente desenvolve pesquisa em Estudos da Tradução, com ênfase na análise das identidades da variação linguística em textos literários e não literários.

Bianca Trindade di Santi, Universidade Estadual Julio de Mesquita Filho - São José do Rio Preto, São Paulo

Graduanda do Curso de Bacharelado em Letras com Habilitação de Tradutor, Universidade Estadual Paulista (UNESP), campus de São José do Rio Preto. Bolsita, por dois anos consecutivos, de bolsa de iniciação científica - PIBIC.

Referências

ANJOS, M. et al. Regência verbal: norma e uso. Teresina: EDUFPI, 2014.

BAGNO, M. Não é errado falar assim! Em defesa do português brasileiro. São Paulo: Parábola, 2009.

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BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa. 37 ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Lucerna, 2004.

CINTRA, L.; CUNHA, C. Nova gramática do português contemporâneo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985. p. 302.

FARACO, C. A. Norma culta brasileira: desatando alguns nós. São Paulo: Parábola, 2008. p. 22-105.

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Publicado

12-09-2019

Como Citar

Amorim, L. M., & di Santi, B. T. (2019). Norma padrão, norma culta e hibridismo linguístico em traduções de artigos do New York Times. Cadernos De Tradução, 39(3), 111–131. https://doi.org/10.5007/2175-7968.2019v39n3p111

Edição

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Artigos