Negro é o inferno! Um ensaio sobre as cores dos homens, dos demônios e dos deuses

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-8420.2016v17n2p46

Resumo

Problematiza-se o par negro.branco na formação social brasileira, trabalhando a hipótese de que ‘negro’ não é cor, mas a metáfora do corpo do ser infernal. Estatísticas oficiais, a história da formação do Brasil, um enunciado de um Deputado Federal Pastor, o quadro A libertação dos Escravos de Pedro Américo (1889) e a história da construção das catedrais góticas medievais são evocadas para analisá-lo, desde o ponto de vista linguístico-discursivo. Nota-se, destarte, uma longa história do alinhamento dos significantes branco-luz-deuses-céu-liberdade... e negro-escuridão-demônios-inferno-escravidão... atuando ainda no nosso país.

Biografia do Autor

Walker Douglas Pincerati, Walker Douglas Pincerati

Professor Adjunto na Universidade Federal do Pampa campus Jaguarão. Professor Substituto no Departamento de Língua e Literatura Vernáculas da Universidade Federal de Santa Catarina. Bacharel, Mestre e Doutor em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas.

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Publicado

2016-10-08