Rasuras e perspectivas macumbísticas para uma educação infantil inclusiva e antirracista
DOI:
https://doi.org/10.5007/1980-4512.2023.e90781Palavras-chave:
Macumbas., Inclusão, Racismo, Colonialidade, PertencimentoResumo
O ensaio propõe pensar a educação infantil como um território-terreiro formativo privilegiado, reconhecendo como urgente e necessária a problematização do racismo epistêmico no curso da geopolítica do conhecimento colonial e seus processos de colonialidade nos âmbitos do saber, do ser e do poder. Como sujeitos da experiência em diálogos com o pensamento decolonial e autores contemporâneos que discutem brasilidades, ponderamos que as epistemes macumbísticas, compreendidas como um feixe múltiplo de práticas culturais afrodiaspóricas, como as capoeiras e os candomblés, podem, como potências analíticas, mobilizar e ampliar as fronteiras e gramáticas formativas de novas gerações, na perspectiva inclusiva e antirracista, em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil e com a Lei 10.639/2003
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