A construção do Outro pelo Outro: a categorização hierárquica do sujeito na sociedade de "A Letra Escarlate"

Autores

  • Leandro de Azevedo Thereza Universidade Estadual de Ponta Grossa - Mestrado em Linguagem, Identidade e Subjetividade

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7917.2013v18n1p29

Resumo

Em A Letra Escarlate, romance estadunidense de 1850, Nathaniel Hawthorne nos apresenta uma a sociedade puritana de Boston-Massachusetts, a qual tinha suas estruturas de poder dominada pelo grupo social masculino que, guiado por princípios religiosos, institui na colônia um modelo social rigidamente hierarquizado. A fim de alcançar a salvação comunitária, realizada pela tentativa de instalação de um Visível Reino de Deus na Nova Inglaterra do século XVII, o puritanismo colonial representado na obra se caracteriza como estruturante de uma sociedade opressiva em que o estabelecimento e reconhecimento das diferenças são determinantes para a construção e manutenção desse modelo. Discutiremos neste artigo a maneira como o autoritarismo punia com diferentes modalidades de exclusão qualquer membro que contrariasse os ideais norteadores da salvação comunitária. Procuraremos, ainda, observar aqui a forma pela qual a construção social e cultural dos gêneros, bem como das instituições de controle social são preponderantes para a identificação dessas diferenças, bem como para o estabelecimento das hierarquias sociais mantenedoras daquele modelo.

Biografia do Autor

Leandro de Azevedo Thereza, Universidade Estadual de Ponta Grossa - Mestrado em Linguagem, Identidade e Subjetividade

Aluno do Curso de Mestrado em Linguagem, Subjetividade e Identidade, da Universidade Estadual de Ponta Grossa - PR, área de Letras, área de concentração: Subjetividade, Texto e Ensino

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Publicado

2013-06-07

Como Citar

THEREZA, Leandro de Azevedo. A construção do Outro pelo Outro: a categorização hierárquica do sujeito na sociedade de "A Letra Escarlate". Anuário de Literatura, [S. l.], v. 18, n. 1, p. 29–40, 2013. DOI: 10.5007/2175-7917.2013v18n1p29. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/2175-7917.2013v18n1p29. Acesso em: 14 maio. 2024.

Edição

Seção

Leituras