Reconhecimento da dignidade igualitária e assunção da autenticidade diferencial na cultura brasileira

Autores

  • Agripa Faria Alexandre USJ - São José - SC

Resumo

O artigo apresenta os resultados de uma pesquisa de survey com o público universitário sobre a constituição dos valores modernos na cultura brasileira e o modo de compreensão dos assuntos políticos concernentes ao reconhecimento da dignidade igualitária e à assunção da autenticidade diferencial. A tese de uma modernização individualista no Brasil ancorada na idéia de independência da pessoa moral serve aqui de hipótese teórica para refutar o processo de modernização da interpretação damattiana, pelo menos entre o público universitário. Como conclusão, pode-se sugerir que, no Brasil, a assimilação dos valores da modernidade individualista, que carrega consigo a dimensão da reflexividade moral para julgar sobre ordens de valores subjetivos concernentes às preferências de direitos iguais e de bens culturais, não é orientada segundo valores pré-convencionais, ou seja, valores personalistas. Os critérios de julgamento moral estão estruturados segundo instâncias impessoais do mercado competitivo e da ordem estatal, formando uma lógica de diferenciação e seleção social para o reconhecimento da dignidade e da autenticidade cultural.

Biografia do Autor

Agripa Faria Alexandre, USJ - São José - SC

Graduação em Direito (1990), mestrado em Sociologia Política (1999) e doutorado interdisciplinar em Ciências Humanas(2003), todos pela UFSC. Tem pesquisado o comportamento político dos atores sociais do ambientalismo no Brasil.

Mais informações: Currículo Lattes - CNPq.

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Publicado

2002-01-01

Edição

Seção

Artigos