Dispositivo: Fusão de objeto e método de pesquisa em Michel Foucault

Autores

  • Cristian Caê Seemann Stassun UFSC
  • Selvino José Assmann UFSC

Resumo

Construir o caminho de acesso aos objetos de uma pesquisa gera a necessidade de regras e eixos centrais que ordenem de forma sistemática a forma de testar, observar, questionar ou investigar os objetos. Referente prática chamamos de método. Mais do que dispor como se faz isso de modo científico, acadêmico ou a partir de instrumentos de disciplinas, o modo de problematizar de Michel Foucault se mostrou arredio a definições e trajetórias normatizadas, práticas discursivas a quem por instituições, grupos de consensos e ordens produziam verdades fechadas e dispostas a emergir socialmente. Ainda que tivesse escrito de maneira irônica a possibilidade de ser, ele mesmo um positivista feliz, Foucault justificou sua ruptura com as correntes historiográficas convencionais e não discordou que a sua qualificação mais próxima frente à construção de conhecimento, talvez fosse essa mesma, a do fator: rigor acadêmico. Para tanto, a quem nega possuir uma metodologia, campo sistemático ou um roteiro pré-estabelecido, ele ofereceu em momentos pontuais ferramentas e alguns cuidados “metodológicos” essenciais, e a conjuntura propiciada pela arqueologia e genealogia para analisar as vertentes do saber, poder e subjetividade apontaram para apenas um vetor desses três focos de tensões, o conceito Dispositivo.

Biografia do Autor

Cristian Caê Seemann Stassun, UFSC

Psicólogo, Especialista em Psicologia Clínica, Mestre em Psicologia, Doutorando Interdisciplinar em Ciências Humanas da UFSC

Selvino José Assmann, UFSC

Doutor em Filosofia pela Pontificia Università Lateranense (1983), é professor titular da Universidade Federal de Santa Catarina, Membro de corpo editorial da Ethic@ - Revista Internacional de Filosofia da Moral e Membro de corpo editorial da INTERthesis (Florianópolis).

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Publicado

2010-11-25

Edição

Seção

Artigos