Popper, Hayek e a (im)possibilidade de predições específicas em Ciências Sociais

Autores

  • Brena Paula Magno Fernandez USP - São Paulo - SP

Resumo

Em suas duas obras de meados dos anos quarenta (A Miséria do Historicismo e A Sociedade Aberta e seus Inimigos) Popper defende a posição de que não existem diferenças metodológicas ou epistemológicas significativas entre as ciências naturais e sociais. Cada uma delas teria como objetivo elaborar explicações causais dos fenômenos observados e a seguir testá-los por meio de predições específicas. Em seus últimos ensaios, entretanto, esse ponto de vista é reformulado, já que a importância da causalidade é enfraquecida frente a necessidade do falseacionismo. Hayek, por seu turno, em seus trabalhos sobre a metodologia das ciências sociais, sempre defendeu que as predições nessa classe de fenômenos (que ele classifica como complexos) não podem se referir a eventos discretos, mas sim à classes de eventos. Meu objetivo é confrontar essas duas posições, argumentando que Popper gradualmente incorpora as propostas de Hayek.

Biografia do Autor

Brena Paula Magno Fernandez, USP - São Paulo - SP

Graduação em Economia pela UFRJ (1991), especialização em Filosofia Econômica pela FGV-RJ (1993), especialização em Lógica, Filosofia Prática e Filosofia Econômica pela Johann Wolfgang von Goethe Universität - Frankfurt (1995), mestrado em Filosofia pela UFSC (2000) e doutorado em Ciências Humanas pela UFSC (2004).

Mais informações: Currículo Lattes - CNPq.

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Publicado

2000-01-01

Edição

Seção

Artigos