A Geografia do mundo do trabalho na viragem do século XXI
Resumo
Entender a complexa trama de relações que gravita sobre o trabalho, as mediações que dão sentido e conteúdo às contradições que redefinem constante e intensamente os horizontes geográficos da realização do universo fenomênico em questão, é o que nos ocupa neste texto. Intentamos reconhecer as cisões e as fragmentações presentes na esfera do trabalho, diante das (re)configurações geográficas que ao territorializarem-se nos revelam as fases e as magnitudes da desterritorialização e da reterritorialização que, por sua vez, podem combinar realidades distintas do ser que trabalha, porém encimadas no metabolismo social do capital. Assim referenciados, debatemos neste texto as implicações desse processo na reconstituição das capilaridades internas ao universo do trabalho, considerando, pois, as clivagens que revelam as compreensões enraizadas na subjetividade do trabalho e como isso rebate nas instâncias de organização dos trabalhadores, consideradas na sua pluralidade (operários, camponês, trabalhadores informais...).
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