Formação sócio-espacial do litoral de Santa Catarina (Brasil): gênese e transformações recentes

Autores

  • Raquel Maria Fontes do Amaral Pereira

Resumo

Este trabalho fundamenta-se no paradigma de formação sócio-espacial (SANTOS, 1979), na teoria da dualidade brasileira formulada por I. Rangel (1957), associados à perspectiva teórica desenvolvida por A. Mamigonian (1966 e 1986), que destaca o papel da pequena produção mercantil na dinâmica sócio-econômica das áreas coloniais do Sul do Brasil. O método utilizado articula dialeticamente natureza e sociedade, ao mesmo tempo em que promove o cruzamento de condicionantes gerais e específicos numa abordagem de caráter globalizante, através da qual toda a formação social é entendida como espacial e temporalmente determinada.
A temática justifica-se por seu caráter geográfico e pela necessidade de aprofundamento de análises e debates sobre a gênese, a evolução e as transformações que vêm afetando de forma acelerada os núcleos urbanos e comunidades pesqueiras do litoral de Santa Catarina (Brasil), submetidos nas últimas décadas a pressões decorrentes de fluxos turísticos. Esta nova dinâmica impõe a realização de estudos que permitam identificar as “múltiplas determinações” (MARX, 1983) naturais e humanas que, ao longo do tempo e em diferentes escalas, foram moldando a organização sócio-espacial litorânea catarinense, hoje sujeita a tensões econômico-sociais e ambientais crescentes.

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Publicado

2003-01-01

Edição

Seção

Artigos