Os fascismos italiano e alemão - bases sociais e ideológicas e dinâmica geopolítica

Autores

  • Marcos Aurélio da Silva Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.5007/1982-5153.2020v35n74p12

Resumo

A partir de uma problematização da categoria de fascismo “clássico” que aponta para a necessidade de apreensão dos contextos históricos concretos em que se realiza a forma fascista de Estado, o artigo propõe analisar as características do fascismo nas formações sociais italiana e alemã do início do século XX. Pondo em destaque as complexas relações entre os elementos da estrutura social e ideológica presentes em cada uma destas formações sociais, bem como os efeitos geopolíticos que destas relações emerge, o artigo sustenta a tese de que os fascismos italiano e alemão assumiram respectivamente as formas concretas do fascismo débil ou elástico e do fascismo totalitário. Ao final, o artigo esboça um breve resumo da forma assumida pela luta antifascista na formação social italiana, marco das chamadas frentes populares e da democratização a partir de baixo das lutas contra o fascismo, bem como do papel militar que aí cumpriu, a partir da frente Leste, a URSS.

Biografia do Autor

Marcos Aurélio da Silva, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutor em Geografia Humana pela FFLCH-USP, com estágio de pós-doutorado em Filosofia Política na Universidade de Urbino, Itália.

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Publicado

2020-04-09

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Seção

Artigos