Análise da fragmentação da paisagem na região extremo Oeste Paulista, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/1982-5153.2020v35n75p325

Resumo

O conceito de estrutura da paisagem se refere ao estudo da paisagem a partir da medição e quantificação de seus aspectos estruturais e espaciais. O objetivo deste artigo é avaliar as métricas da paisagem no extremo Oeste Paulista, Brasil. Para isso, usamos informações de imagens de satélite e um Sistema de Informação Geográfica, a fim de identificar o grau de retalhamento e isolamento da paisagem. Como resultados temos que a área é recoberta por usos antrópicos, que representavam 73,92%, e o restante está distribuído em áreas naturais (área úmida, ilha e fragmentos florestais e corpos d'água). Ao analisarmos o índice de área, referente ao tamanho dos fragmentos, pudemos identificar que os maiores percentuais estão concentrados na pastagem (42,51%) e agricultura (28,58%). Os índices analisados confirmam que a fragmentação da paisagem é expressiva e sofre intensas perturbações. 

Biografia do Autor

Carla Rodrigues Santos, UNESP/ PRESIDENTE PRUDENTE

Doutora em Geografia pela Unesp/PP. Mestre em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia (2008) e Graduada em Geografia (Licenciatura e Bacharelado) pela Universidade Federal de Uberlândia (2006). Atuei como professora substituta no departamento de Cartografia da Unesp/PP, também atuei como Geógrafa na Implantação da Usina hidrelétrica de Estreito/MA e Estudo da Viabilidade da UHs Santa Isabel ? Xambioá/TO. Participo do Projeto Temático "Mapeamento e Análise do Território do Agrohidronegócio Canavieiro no Pontal do Paranapanema, São Paulo-Brasil: Relações de trabalho, conflitos e formas de uso da terra e da água, e a saúde ambiental" e participei dos projetos: Levantamento dos Remanescentes da cobertura vegetal do bioma Cerrado - PROBIO e Monitoramento do Uso do Solo e Fontes de Degradação dos Recursos Hídricos nos AHE Capim Branco I e II.

Paulo César Rocha, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências e Tecnologia de Presidente Prudente, Departamento de Geografia Humana e Regional.

Graduação em Geografia pela Universidade Estadual de Maringá (1991), mestrado e doutorado em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais pela Universidade Estadual de Maringá (1995/2002). Atualmente é professor Assistente Doutor da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista-UNESP. Pesquisador do CNPq, tem experiência na área de Geociências/Geografia Física, com ênfase em Geomorfologia e Dinâmica Fluvial, atuando principalmente nos seguintes temas: geomorfologia fluvial, hidrodinâmica, regime hidrológico, morfologia e dinâmica de planícies fluviais, limnologia fluvial e sedimentologia fluvial. Coordenador do Laboratório de Geologia, Geomorfologia e Recursos Hídricos da FCT/UNESP

Referências

ALMEIDA, C. G. Análise espacial dos fragmentos florestais na área do Parque Nacional dos Campos Gerais, Paraná/PR. 72 f. Dissertação (Mestrado em Gestão do território), Universidade Estadual de Ponta Grossa, Paraná, 2008.

BENNETT, A. F. Habitat Corridors: Their Role in Wildlife Management and Conservation. (Department of Conservation and Environment: Melbourne/AUS. 1990

BENNETT, A. F. Linkages in the landscape. The role of corridors and connectivity in Wildlife Conservation. IUCN The World Conservation Union, 2003.In: http://www2.ecolex.org/server2.php/libcat/docs/LI/MON-080215.pdf. Acessado em 24 ago., 2015.

BIERREGAARD, R. O., LOVEJOY, T. E., KAPOS, V., SANTOS, A. A.; HUTCHINGS, W. The biological dynamics of tropical rainforest fragments. In: BioSciences, n. 42, p. 859-866, 1992. Disponível em: http://www2.ecolex.org/server2.php/libcat/docs/LI/MON-080215.pdf. Acesso em: 26 jan. 2013

BOWEN, G. W. e BURGESS, R. L., 1981. A quantitative analysis of forest island pattern in selected Ohio landscapes. Knoxville, ORNL Environmental Sciences Division, ORNTUTM-7759.

BRIDGEWATER, P.B. Connectivity: an Australian perspective. pp. 195–200 In: Nature Conservation: The Role of Remnants of Native Vegetation.. New South Wales, 1987.

CASIMIRO, P.C. Uso do Solo, Teledetecção e Ecologia da Paisagem - Ensaio Metodológico, Conselho de Mértola. Tese de Doutoramento, Lisboa/PT, DGPR – FCSH – UNL, 585 p. 2002

CASIMIRO, P.C. Uso do Solo – Ecologia da Paisagem: Quantificação da Estrutura da Paisagem para Análise de Padrões Espaciais – Concelho de Mértola. In: Revista GeoInova – Revista do Departamento de Geografia e Planeamento Regional, Nº 4 – 2002, F.C.S.H. – U.N.L., pp. 125-157, 2002a

CBH-AP. Comitê das bacias hidrográficas dos rios Aguapeí e Peixe. Relatório de Situação dos recursos hídricos das UGRHIs 20 e 21, 1997. Disponível em: htt://cbhap.org/publicacoes/relatorioz p /. Acessado em 4.abr.2013.

DOLFFUS, O. O espaço geográfico. 3ed. São Paulo, Difel, 1978

FIQUEIRÓ, A. Biogeografia: dinâmicas e transformações da natureza. São Paulo, Oficina de Textos, 2015.

FORMAN, R. T. T. Land mosaics: the ecology of landscape end regions. In: Cambridge University Press. 1995. 632p. Disponível em: . Acesso em: 30 out. 2011.

FORMAN, R.; GODRON, M. Landscape Ecology. Nova Iorque, EUA, John Wiley & Sons. 1986. 619p.

GALETTI, M.; ALVES-COSTA, C.P. & CAZETTA, E. Effects of forest fragmentation, anthropogenic edges and fruit color on the consumption of ornithocoric fruits. In: Biological Conservation 111: 269-273, 2003

HOBBS, R. Future landscape and the future of landscape ecology. Landscape and Urban Planning. v.37, n.1-2, p. 1-9, June 1997

HOBBS, R.J. Effects of landscape fragmentation on ecosystem processes in the Western Australian wheatbelt. Biological Conservation 64. 1993.p.193–201.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Manual Técnico da Vegetação Brasileira: sistema fitogeográfico, inventário de formações florestais e campestres, técnicas e manejo de coleções botânicas, procedimentos para mapeamentos. Rio de Janeiro: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, 2012.

IPT – INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS. Mapa geomorfológico do Estado de São Paulo. Escala: 1:1.000.000. São Paulo: IPT, 1981.

JENSEN, J.R. Sensoriamento remoto do ambiente. Uma perspectiva em recursos terrestres. São José dos Campos, 2ª edição, SP. 2011

KRUMMEL, J.R., GARDNER, R.H., SUGIHARA, G., O'NEILL, R.V. AND COLEMAN, P.R. Landscape pattern in a disturbed environment. Oikos 48: 321-324.1987

LANG, S. & T. BLASCHKE. Análise da Paisagem com SIG. Tradução Hermann Kux. São Paulo. Oficina de Textos, p.423, 2009.

MCGARIGAL AND MARKS. Fragstats: Spatial pattern analysis program for quantify in glandscape structure. Portland (OR): USDA Forest Service, Pacific Northwest Research Station; General Technical Report PNW-GTR-351. 59 p.1995.

MURCIA, C. Edge effects in fragmented forests: implications for conservation. In: Ecology and Evolution 10: 58–62. 1995.

ODUM, H.T. Systems ecology. New York, Wiley Interscience, 1983.

O’NEILL, R.V., HUNSAKER, C.T., JONES, K.B., RIITTERS, K.H., WICKHAM, J.D., PINTO, L.V.A.; FERREIRA, E.; BOTELHO, S.A.; DAVIDE, A.C. Caracterização física da bacia hidrográfica do ribeirão Santa Cruz, Lavras, MG e uso conflitante da terra em suas áreas de preservação permanente. Cerne, Lavras, v.11, p.49-60, jan./mar. 2005.

PIRES, J. S. R. Análise Ambiental voltada ao Planejamento e Gerenciamento do Ambiente Rural: Abordagem Metodológica aplicada ao Município de Luiz Antônio – SP. 1995. 166 f.Tese (Doutorado)-Universidade Federal de São Carlos, São Carlos/SP, 1995. Disponível em: http://www.lapa.ufscar.br/pdf/tese_jose_salatiel_r_pires_1995.pdf. Acessado em 4 out. 2014.

PRIMAK, R.B. & RODRIGUES, E. In: Biologia da Conservação. Londrina, Midiograf. 2001

PUTZ, F. E.; BLATE, G. M.; REDFORD, K. H.; FIMBEL, R.; ROBINSON, J. Tropical forest management and conservation of biodiversity: an overview. In: Conservation Biology, v. 15, n. 1, p. 7-20, Feb. 2001.

REDDING, T.E.; HOPE, G.D.; FORTIN, M.J.; SCHMIDT, M.G. & BAILEY, W.G. Spatial patterns of soil temperature and moisture across subalpine forest-clearcut edges in the southern interior of British Columbia. Canadian Journal of Soil Science 83: 121-130, 2003.

RICKLEFS, R.E. A economia da Natureza. Tradutor: Pedro P. de Lima e Silva. Rio de Janeiro, 2011. p.546.

RODRIGUEZ, J. M. M.; SILVA, E. V.; CAVALCANTI, A. P. B. Geoecologia das paisagens: Uma visão geossistêmica da análise ambiental. 4.ed. Edições UFC, Fortaleza/CE, 2013.

ROSS, J. L. S.; MOROZ, I.C. Mapa geomorfológico do Estado de São Paulo. 1:500.000 - Vol. I - Mapa - Vol II - Livro. São Paulo: FAPESP, 1997, v.1. São Paulo: FAPESP, 1997. v. 1. 66p.

SANT’ANNA NETO, J.L. As chuvas no Estado de São Paulo: contribuição ao estudo da variabilidade e tendência da pluviosidade na perspectiva da análise geográfica. São Paulo, 1995. (Doctoral Thesis in Physical Geography) - Universidade de São Paulo

SOARES FILHO, B.S.S. Análise de paisagem: fragmentacão e mudanças. Departamento de Cartografia, Centro de Sensoriamento Remoto . Instituto de Geociências, UFMG. 1998. In: http://csr.ufmg.br/dinamica_utils/download/files/publications/apostila.pdf. Acessado em abril 2013

TROLL, C. (1966). Landscape Ecology. Delf: Publ. UNESCO, 23p.

VALENTE, R. O. A.; VETTORAZZI, C. A. Análise da estrutura da paisagem na Bacia do Rio Corumbataí. Scientia Florestalis, Piracicaba/SP, n. 62, p. 114-119, 2002.

VOLOTÃO, C.F. DE SÁ. Trabalho de análise espacial: Métricas do Fragstats. INPE, São José dos Campos, São Paulo – SP, 1998 . Disponível em: http://www.dpi.inpe.br/cursos/ser431/trabalhos/fragstats.pdf. Acessado em: 8 out. 2014.

WIENS, J.A.; STENSETH, N.C.; VAN HORNE, B. & IMS, R.A. 1993. Ecological mechanisms and landscape ecology. Oikos 66: 369-380.

ZONNEVELD I.S.; FORMAN, R.T.T. eds. Changing Landscapes: In: Ecological Perspective. Spinger-Verlag. 1989, p.20. Disponível em: http://www.edc.uri.edu. Acesso em: 23 abr. 2016.

Downloads

Publicado

2020-06-09

Edição

Seção

Artigos