Risco de incêndio sazonal em área descampada e de floresta para diferentes cenários climáticos no município de Águas Mornas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/1982-5153.2020v35n75p580

Resumo

O objetivo foi avaliar o risco de incêndio sazonal em área descampada e de floresta, para diferentes cenários climáticos. O local de coleta  e estudo de dados foi no município de Águas Mornas, estado de Santa Catarina. Os dados horários foram coletados entre julho de 2017 a fevereiro de 2018, abrangendo as estações inverno, primavera e verão. O risco de incêndio foi determinado pelo Índice de Setzer e Fórmula de Monte Alegre. Observou-se a propensão de queimadas em relação aos cenários futuros, justamente pelo aumento da temperatura. A área descampada apresentou maior ocorrência de incêndio em relação a floresta. Nos cenários climáticos há um aumento no risco ‘médio’, ‘alto’ e ‘muito alto ou crítico’ e uma redução no risco ‘nulo ou mínimo’ e ‘pequeno ou baixo’.

Biografia do Autor

Roberta Raspini Januário, Universidade Federal de Santa Catarina

Engenheira Agrônoma formada pela UFSC, campus Florianópolis.

Rosandro Boligon Minuzzi, Universidade Federal de Santa Catarina

Meteorologista formado pela Universidade Federal de Pelotas (2001), Mestre (2003) e Doutor (2006) em Agronomia (Meteorologia Agrícola) pela Universidade Federal de Viçosa. Atua, principalmente, nas seguintes linhas de pesquisa: agrometeorologia, bioclimatologia animal, climatologia estatística, forçantes climáticas e mudanças climáticas. Atualmente é professor (Associado nível 1) no Departamento da Engenharia Rural, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e coordenador do Laboratório de Climatologia Agrícola

Referências

ABREU, L. V. de. Avaliação da escala de influência da vegetação no microclima por diferentes espécies arbóreas. 2008. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2008.

ALVARES, C. A. et al. Köppen’s climate classification map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift, Stuttgart, v. 22, n. 6, p.711-728, 2013.

ASSUNÇÃO, A. B. D. et al. Utilização da Fórmula de Monte Alegre para identificação de períodos propícios à ocorrência de incêndios na região do vale do Gurgueia. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE AGROMETEOROLOGIA, 18. 2013, Belém, PA. Anais [...]. Belém: CBA, 2013. p. 1-6.

BERNARDY, K. et al. Impactos ambientais diante das catástrofes naturais – secas e queimadas. In: SEMINÁRIO INTERINSTITUCIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO, 16., 2011, Cruz Alta. Anais [...]. Cruz Alta: Unicruz, 2011. p. 1-4.

CARVALHO, A. et al. The impact of spatial resolution on area burned and fire occurrence projections in Portugal under climate change. Climatic Change, [s.l.], v. 98, n. 1-2, p.177-197, jan. 2010.

COOK, K.; VIZY, E. K. Effects of Twenty-First Century climate change on the Amazon rain forest. Journal of Climate, v. 21, n. 3, p.542-560, 2008.

DOWDY, A. J. Climatological variability of fire weather in Australia. Journal of Applied Meteorology and Climatology, Boston, v. 57, n. 2, p. 221-234, 2018.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Indicadores de desenvolvimento Sustentável. Rio de Janeiro: IBGE, 2015. 352 p.

INTERGOVERNMENTAL PANEL ON CLIMATE CHANGE – IPCC. Climate change 2013: The Physical Science Basis. Contribution of Working Group I to the Fifth Assessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change. Genebra: IPCC, 2013.

MARTINI, A.; BIONDI, D. Microclima e conforto térmico de um fragmento de floresta urbana em Curitiba, PR. Floresta e Ambiente, Rio de Janeiro, v. 22, n. 2, p.182-193, 2015.

MÉLO, A. S. de. Suscetibilidade do ambiente a ocorrência de queimadas sob condições climáticas atuais e de aquecimento global. 2009. Dissertação (Mestrado em Meteorologia Agrícola) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2009.

MELO, A. S. de et al. Índices de risco de fogo de Haines e Setzer em diferentes condições climáticas. Mercator, v. 11, n. 24, p.187-207, 2012.

MBANZE, A. A. et al. Influence of the meteorological conditions on forest fires occurrences in Lichinga District, Northern Mozambique. Floresta, Curitiba, v. 45, n. 3, p. 577-586, mar. 2015.

PAINEL BRASILEIRO DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS – PBMC. Base científica das mudanças climáticas: primeiro relatório de avaliação nacional. Rio de Janeiro: PBMC, 2014. 392p.

SETZER, A. et al. O uso de satélites NOAA na detecção de queimadas no Brasil. Climanálise, v. 7, n 8, p. 40-53, 2002.

SOARES, R. V. Índices de perigo de incêndio. Floresta, Curitiba, v. 3, n. 3, p. 19-40, 1972.

TEIXEIRA, N. C. et al. Análise preliminar da relação entre queimadas e chuvas no estado de Santa Catarina. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE RECURSOS HÍDRICOS, 22., 2017, Florianópolis, SC. Anais [...]. Florianópolis: SBRH, 2017. p. 1-8.

TORRES, F. T. P. et al. Perfil dos incêndios florestais em unidades de conservação brasileiras no período de 2008 a 2012. Floresta, Curitiba, v. 46, n. 4, p. 531-542, ago. 2016.

WEATHERLY, J. W.; ROSENBAUM, M. A. Future projections of heat and fire-risk indices for the contiguous United States. Journal of Applied Meteorology and Climatology, Boston, v. 56, n. 4, p.863-876, 2017.

WORLD METEOROLOGICAL ORGANIZATION – WMO. Weather and climate forecasts for agriculture. [S.l.]: WMO., 2012. 790p.

Downloads

Publicado

2020-06-09

Edição

Seção

Artigos