Geografia e Filosofia: novos horizontes nas paisagens da complexidade.
DOI:
https://doi.org/10.5007/2177-5230.2016v31n61p87Resumo
A ciência Geográfica tem demonstrado uma dificuldade, bastante compreensível, de dar conta da crescente complexidade do mundo e da vida. Equilibrando-se perigosamente e privilegiadamente entre diversas ciências, a Geografia, na condição de Arteciência complexa, tem desafiado os pesquisadores que buscam levá-la ao ambiente escolar. A teoria da complexidade, tal qual formulada por Edgar Morin, tem muito a contribuir com a necessária ruptura do “grande paradigma cartesiano do ocidente”, cujas consequências para a Geografia relacionam-se aos problemas da generalização, simplificação, falsas dualidades, dentre outros. O presente artigo parte de uma reflexão sobre as fragilidades das bases epistemológicas do ensino da Geografia, e lança uma proposta de reflexão sobre as práticas docentes, partindo da análise das oito dimensões da educação geográfica, e da formulação do que seriam os vinte e dois problemas epistemológico-didáticos mais graves do ensino do temário geográfico no ensino básico e superior, e propondo um avanço com base em obras da filosofia, em particular nas obras de Edgar Morin, como as que compõem a obra “O método”, em seis volumes. O ensino da Geografia deve se reconstruir com base no tripé curiosidade, autonomia intelectual e valorização das incertezas.
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