O desenvolvimento do Sul do Brasil: notas para análise da dinâmica econômica e territorial

Autores

  • César Augusto Avila Martins Universidade Federal do Rio Grande

DOI:

https://doi.org/10.5007/2177-5230.2016v31nesp1p58

Resumo

 

O estado do Rio Grande do Sul é a unidade federada mais meridional do Brasil e possui uma representação na formação social brasileira que inclui a condição subtropical e por apresentar sinais que aproximam dos países platinos ou de algumas características europeias com ênfase na hegemonia do passado rural cujo centro era a grande propriedade pastoril. As teses estão baseadas em um determinismo (a localização em relação às faixas climáticas do Planeta) e no falseamento da História (na Revolução Farroupilha os líderes insurgentes se declararam brasileiros e negaram o recebimento do auxílio dos platinos para a luta contra o Império; Portugal é um país europeu como a Alemanha e a Itália e com a expulsão no século XIX de uma parte das suas populações colaboraram para a formação de algumas das áreas de pequena produção mercantil). Ambas, ignoram a condição de uma economia estadual integrada a nação, com forte presença industrial, assentada na urbanização com dinâmico setor terciário e submetida a lógica da hegemonia financeira. O texto analisa algumas das transformações recentes na economia e no território rio-grandense em suas combinações contraditórias com as dinâmicas nacionais considerando o desempenho no conjunto das unidades federadas, das empresas e os resultados na geração de empregos formais.

Biografia do Autor

César Augusto Avila Martins, Universidade Federal do Rio Grande

O setor pesqueiro no Brasil é escassamente analisado do ponto de vista de suas relações econômicas e políticas com base na formação social. Há uma hegemonia de interpretações sobre a pesca como atividade extrativa praticada com instrumentos simples e baseada em conhecimentos ancestrais. O texto analisa o setor pesqueiro a partir da gênese e das transformações da industrialização no sul do Rio Grande do Sul na lógica combinada e contraditória entre os ritmos de reprodução natural, representado pelas espécies que se tornaram matérias-prima e os ritmos sociais hegemonizados pelas empresas e as regulações estatais.

Downloads

Publicado

2016-11-09

Edição

Seção

Artigos