A parceria sino-russa e a disputa pela Eurásia: imperativos geopolíticos e alianças conjunturais pelo controle do continente basilar

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2177-5230.2020v35n77p196

Resumo

O objetivo do artigo é analisar a parceria sino-russa atual, a partir das teorias geopolítica e de balança de poder. Argumenta-se que a força motriz desta aproximação na segunda década do século XXI se dá no sentido de diminuir a influência de potências extrarregionais sobre a Eurásia – sobretudo dos EUA, devido ao seu poder e presença oriundos do final da Guerra Fria – que representam uma ameaça estratégica comum aos interesses russo e chinês. Esse aspecto pode ser identificado nas diferentes frentes de cooperação sino-russa que possuem um caráter estratégico. Na impossibilidade de detalhar cada aspecto da parceria em um só artigo, esse trabalho dará luz à cooperação energética, à cooperação na Ásia Central e à integração eurasiática com liderança sino-russa.

Biografia do Autor

Ticiana de Oliveira Alvares, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Economia Política Internacional. Mestra pelo Programa de Pós-Graduação em Economia Política Internacional - UFRJ (2020). Bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2014). Especialista em Estudos Estratégicos Internacionais Contemporâneos pelo PPGEEI-UFRGS (2017). Diretora de Planejamento do Instituto da Brasilidade. Coordenou a Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (2017), foi Chefe de Gabinete da Deputada Manuela DAvila (2015-2016), coordenou a área de educação e políticas públicas para juventude no mandato da deputada Federal Manuela DAvila (2010-2014). Tem experiência na área de Economia, com ênfase em planejamento, economia do setor público. Assumiu o mandato de Vereadora de Porto Alegre no ano de 2015. Trabalhou na área de relações internacionais, como vice-presidente da Federação Mundial das Juventudes Democráticas, tendo organizado eventos como o XVI Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes (FMJE, 2005, Caracas), e XVII FMJE em 2010, Pretória, na África do Sul).

Raphael Padula, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Coordenador e Professor Permanente da Pós-Graduação em Economia Política Internacional (PEPI) do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Professor Associado da UFRJ desde 2009, da área de Economia Política Internacional. Graduado em Ciências Econômicas pela UFRJ (2004), Mestre (2005) e Doutor (2010) em Engenharia de Produção pela COPPE-UFRJ, com tese de doutorado intitulada "Integração regional de infra-estrutura e comércio na América do Sul nos anos 2000: uma análise político-estratégica". Editor da revista Oikos desde 2002. Membro dos grupos de pesquisa registrados no CNPq "O poder global e a geopolítica do capitalismo" e "A inserção internacional brasileira: projeção global e regional". Pesquisador-Bolsista do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) no Projeto: ?Integração Regional: O Brasil e a América do Sul?. Realiza pesquisa e possui publicações nas seguintes áreas: Economia Política Internacional, Geopolítica, Geoeconomia, Integração Regional, Desenvolvimento Comparado.

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Publicado

2020-12-07