Os limites seculares a uma teoria contemporânea: a propriedade privada e o desenvolvimento territorial sustentável
DOI:
https://doi.org/10.5007/2177-5230.2023.e83756Palavras-chave:
Desenvolvimento Territorial, Sustentabilidade, Indicações Geográficas, Propriedade PrivadaResumo
Nesse artigo apresentamos a teoria do desenvolvimento territorial sustentável apontando sua origem e alguns de seus pilares. Depois de exposta a teoria do DTS expomos uma crítica partindo da relação entre o regime da propriedade e o caráter da instituição governamental. Mais ainda, como a teoria do DTS se aventura a defender as culturas locais, demonstramos a relação entre a objetividade e a subjetividade do ser-humano e como isso se inscreve como um problema à teoria. Não obstante, apresentamos uma compreensão de indicação geográfica por vezes negligenciada entre autores das teorias do desenvolvimento territorial sustentável. Nela, nossa contribuição vai justamente por atacar aquilo que as teorias do DTS não atacam, o controle público sobre a propriedade.
Referências
ACOSTA, A. Extrativismo e neoextativismo: duas faces da mesma maldição. In: DILGER, G. etl al [orgs]. Descolonizar o imaginário: debates sobre o pós-extrativismo e alternativas ao desenvolvimento. São Paulo: Fundação Rosa Luxemburgo/Autonomia Literária/Editora Elefante, 2016.
ALTVATER, E. O capitalismo fóssil e seu ambiente natural. BARU-Revista Brasileira de Assuntos Regionais e Urbanos. Goiânia, v.3, n.1, p.143-164, jan./jul, 2017.
ANGUS, I. Facing the Anthropocene. Fossil Capitalism and the Crisis of the Earth System. New York: Monthly Review Press, 2016.
BUARQUE, S. Construindo o desenvolvimento local sustentável. Rio de Janeiro: Gramond, 2002
CAMARGO, A. L. Desenvolvimento sustentável: dimensões e desafios. Campinas: Papirus, 2003.
CHAGAS, E. F. A natureza dúplice do trabalho em Marx: trabalho útil-concreto e trabalho abstrato. Outubro. São Paulo, n. 19, pp. 61-80, 2010.
COUTINHO, C.N. De Rousseau a Gramsci. São Paulo: Boitempo Editorial, 2011.
DAILY, h. Toward some operational principles of sustainable development. In: Ecological Economics, v.2, pp. 1-6, 1990.
DAILY, H. Nature’s services: societal dependence on natural ecosystem. Washington, DC: Island Press, 1997.
DEMARIA et al. El pluriverso, horizontes para una transformación civilizatoria. In: Revista de Economía Crítica, n.29, pp. 46-66, 2020.
FAO. Evaluación de los recursos forestales mundiales 2020 - Principales resultados, Roma, 2020. Disponível em: <http://www.fao.org/3/CA8753Es/CA8753Es.pdf>. Acesso em 20 abr. 2020.
GUDYNAS, E. Transições ao pós-extrativismo: sentidos, opções e âmbitos. In: DILGER, G. etl al [orgs]. Descolonizar o imaginário: debates sobre o pós-extrativismo e alternativas ao desenvolvimento. São Paulo: Fundação Rosa Luxemburgo/Autonomia Literária/Editora Elefante, 2016.
HARVEY, D. Os limites do capital. São Paulo: Boitempo Editorial, 2013.
HEGEL, G.W.F. Philosophy of Right. Translated by T.M. Knox. Oxford: Oxford University Press, 1967.
HOBBES, T. Leviathan. New York: Liberal Arts, 1958.
JEZIORNY, D.L. Territorialidade e Indicação Geográfica: estudo dos territórios do Vale dos Vinhedos (Bra) E Montilla-Moriles (Esp). Tese (Doutorado em Economia) – Programa de Pós-Graduação em Economia, Faculdade de Economia, Universidade Federal de Uberlândia, 2015.
JEZIORNY, D.L. Metabolismo social e pandemias: alternativas ao “vírus” do crescimento autofágico. In: NÓVOA, J. & BISCOUTO, S. A crise do capitalismo para além da pandemia. São Paulo: Editora Perspectiva, 2020.
LOCKE, J. Two Treatises of Government. From the Works of John Locke, London, 1823. Prepared by Rod Hay for the McMaster University Archive of the History of Economic Thought.
MARQUES, L. Capitalismo e colapso ambiental. Campinas: Editora da Unicamp, 2018.
MARX, K. Debates on the Law on the Theft of Wood. 1842
MARX, K. Glosas Críticas Marginais ao Artigo “O rei da Prússia e a reforma social”. De um prussiano. São Paulo: Editora Expressão Popular, 2010.
MARX, K. Manuscritos Econômico-filosóficos in MARX, K. Os Pensadores. São Paulo: Editora Abril Cultural, 1978, p. 2-48.
MARX, K. O Capital: Crítica à Economia Política. Livro I. Editora Boitempo, São Paulo: 2013.
O’CONNOR, J. Capitalism, Nature, Socialism: A theoretical Introduction. In: Capitalism Nature Socialism, 1988, vol. 1, pp. 11-38. Disponível em: <https://doi.org/10.1080/10455758809358356>. Acesso em 25 maio 2020
MILL, J.S. Principles of Political Economy and Chapter on Socialism. Oxford: Oxford University Press, 1994.
PECQUEUR, Bernard. A guinada territorial da economia global. In: Eisforia, v. 4, 2006.
PUTNAM, R. Comunidade e democracia: a experiência da Itália moderna. Rio de Janeiro: FGV, 2000.
RECH, L.T. O Estado na Teoria Econômica: Os diferentes paradigmas e suas diferentes leituras. Tese de Doutorado. Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2019.
ROUSSEAU, J. Do Contrato Social. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2016.
ROUSSEAU, J. A Origem da Desigualdade Entre os Homens. LaFonte, São Paulo, 2017.
RUSSEL, B. A História do Pensamento Ocidental. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2016.
SACCO DOS ANJOS, F. et al. Sobre ‘efígies e esfinges’: indicação geográfica, capital social e desenvolvimento territorial. In: DALLABRIDA, V. R. (Org.). Território, identidade territorial e desenvolvimento regional: reflexões sobre Indicação Geográfica e novas possibilidades de desenvolvimento com base em ativos com especificidade territorial. São Paulo: LiberArs, 2013.
SMITH, A. A Riqueza das Nações. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1996, Volume I e II, Os Economistas.
TROTSKY, Leon. O Ultimatismo Burocrático. 1931. Tradução Edições UNITAS, 1933. Disponível em: http://marxists.org/portugues/trotsky/1931/revolucao/cap03.htm> Acesso em: 13 jul 2020
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional.