Influência da reabertura do Canal do Linguado a partir de modelagem hidrodinâmica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2177-5230.2025.e99441

Palavras-chave:

Canal de Maré, Diferença de nível, Estabilidade de canal, Simulação

Resumo

Desde o fechamento do Canal do Linguado em 1935 por meio de um aterro, diversos setores da sociedade levantaram discussões sobre a sua reabertura, pois o interrompimento do seu fluxo trouxe diversos problemas ambientais e sociais ao seu entorno. O presente trabalho efetivou simulações hidrodinâmicas para prever o comportamento da água na Baía da Babitonga, com a reabertura parcial ou total do Canal do Linguado. Através do uso do software HEC-RAS, foi possível produzir simulações hidrodinâmicas satisfatórias, obtendo resultados da hidrodinâmica da baía que demonstraram que na região do atual aterro e na foz do Canal do Linguado, pode-se observar uma alteração na hidrodinâmica que gerará um potencial alto de modificação da batimetria, impactando as estruturas existentes no leito do canal.

Biografia do Autor

João Luiz da Rocha Borin, Universidade do Estado de Santa Catarina

Estudante de Mestrado no Programa de Pós Graduação em Engenharia Civil (Recursos Hídricos) pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Graduado em Engenharia Civil pela Universidade Estadual de Santa Catarina – UDESC (2023). Atua principalmente nos seguintes temas: Hidráulica, hidrologia, hidrodinâmica costeira e modelagem hidrodinâmica computacional.

Leonardo Romero Monteiro, Universidade do Estado de Santa Catarina

Atualmente é Professor Adjunto da Universidade do Estado de Santa Catarina. Possui graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental pela Universidade Federal de Santa Catarina (2011) e é mestre e doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Durante o período de doutoramento desenvolveu parte de sua pesquisa na Université de Poitiers/França sendo orientado pelo Professor Eric Lamballais. Tem experiência na área de Hidráulica, Mecânicas dos Fluidos e Hidrologia, com ênfase em Mecânica dos Fluidos Computacional, Escoamentos com Superfície Livre e Mapeamento de Perigo de Inundaçãogo de Inundação.

Referências

ALONCIO, M. O Preço do Progresso: Canal do LinguadoBrasilLabD12, , 2024.

COSTA, N. C. D. DE B. et al. Análise hidrodinâmica do estuário do rio Lima, Portugal, a partir de simulação numérica. Ambiente e Agua - An Interdisciplinary Journal of Applied Science, v. 12, n. 3, p. 476, 2 maio 2017.

CREMER, M. J. O ESTUÁRIO DA BAÍA DA BABITONGA. Em: CREMER, M. J.; MORALES, P. R. D.; OLIVEIRA, T. M. N. (Eds.). . Diagnóstico ambiental da Baía da Babitonga. Joinville: Editora Univille, 2006. p. 15–19.

CRISTOFOLINI, L.; FOGLIATTO, M. M.; MOREIRA, M. E. ANÁLISE SOCIOAMBIENTAL DO FECHAMENTO DO CANAL DO LINGUADO/SC. Revista Geográfica de América Central, v. 2, p. 1–8, 2011.

DUC, L.; SAWADA, Y. A signal-processing-based interpretation of the Nash–Sutcliffe efficiency. Hydrology and Earth System Sciences, v. 27, n. 9, p. 1827–1839, 9 maio 2023.

EPAGRI - Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina. Base de dados: Marégrafos. Florianópolis: EPAGRI, 2023.

HOITINK, A. J. F.; JAY, D. A. Tidal river dynamics: Implications for deltas. Reviews of geophysics (Washington, D.C.: 1985), v. 54, n. 1, p. 240–272, mar. 2016.

LIU, Y. et al. Flood mitigation using an innovative flood control scheme in a large lake: Dongting Lake, China. Applied sciences (Basel, Switzerland), v. 9, n. 12, p. 2465, 17 jun. 2019.

MAZZER, A. M.; GONÇALVES, M. L. ASPECTOS GEOMORFOLÓGICOS DA BAÍA DA BABITONGA, SANTA CATARINA , BRASIL: CARACTERIZAÇÃO MORFOMÉTRICA. Revista Brasileira de Geomorfologia, v. 12, 1 fev. 2012.

MORIASI, D. N. et al. Model evaluation guidelines for systematic quantification of accuracy in watershed simulations. American Society of Agricultural and Biological Engineers, v. 50(3), p. 885–900, 2007.

OLIVEIRA et al. INTEGRIDADE AMBIENTAL DA BAÍA DA BABITONGA : CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS, MICROBIOLÓGICAS E ECOTOXICIDADE. Em: CREMER, M. J.; MORALES, P. R. D.; OLIVEIRA, T. M. N. (Eds.). . Diagnóstico ambiental da Baía da Babitonga. Joinville: Editora Univille, 2006. p. 20–80.

SILVA, L. F. Alterações morfodinâmicas no Canal do Linguado pela remoção do dique que o separa da Baía da Babitonga (SC). [s.l.] Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2011.

SIQUEIRA, V. A. et al. Toward continental hydrologic–hydrodynamic modeling in South America. Hydrology and Earth System Sciences, v. 22, n. 9, p. 4815–4842, 18 set. 2018.

SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS. Levantamento aerofotogramétrico do Estado de Santa Catarina. [S.l.]: SIGSC, 2010.

USACE, U. S. A. C. E. HEC-RAS: River Analysis System User’s Manual. Davis: US Army Corps of Engineers -Hydrologic Engineering Center, 2021.

VIEIRA, C. V. et al. CARACTERIZAÇÃO MORFOSEDIMENTAR E SETORIZAÇÃO DO COMPLEXO ESTUARINO DA BAÍA DA BABITONGA/SC. Boletim da Sociedade Paranaense de Matematica. 3rd Serie, v. 62–63, p. 85–105, 2008.

YALIN, M. S. Mechanics of sediment transport. 2. ed. Oxford: Pergamon Press, 1977.

Downloads

Publicado

2025-03-25

Edição

Seção

Artigos