Motivos de assombração e ruína: Murilo Mendes e Ouro Preto
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7917.2008v13n1p74Resumo
O texto performa um enigma a partir da publicação, em 1951, na revista Anhembi, do ainda inédito Motivos de Ouro Preto, que depois comporia o volume Contemplação de Ouro Preto, publicado em 1954 através do Serviço de Documentação do Ministério da Educação e Cultura. A edição sob auspício governamental, somada ao fato de que o volume vem ilustrado por fotos de Humberto Moraes Franceschi e Erich Hess, nos leva a pensar as relações já adiantadas do Modernismo com o Estado no sentido da preservação do patrimônio. O poema se inscreve, junto com outras imagens, portanto, na documentação e na transformação das forças da torção barroca em formas. Trata-se, pois, de investigar as relações entre um modernista, o Estado e o Barroco mineiro, para propor, a partir daí, uma leitura a contrapelo, que encontre, dentro de uma obra facilmente identificável ao autonomismo, os espectros que o assombram e, assinalando a morte de Deus (e por conseguinte dos valores absolutos), problematizem as leituras estatais dessa produção documental, turística e patrimonializadora dentro da poética muriliana.
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