Jonas Mekas - cinema em lampejos

Autores

  • Bruna Machado Ferreira Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7917.2015v20n2p55

Resumo

Este artigo apresenta reflexões acerca da criação cinematográfica de Jonas Mekas, um dos realizadores e pensadores do cinema de vanguarda norte-americano, que, como tal, traz, em seus filmes, a marca da reproposição da linguagem/montagem, uma outra compreensão do tempo e sua passagem, via o abandono da cronologia e de qualquer linearidade narrativa. A partir deste argumento, desdobra-se a leitura de um cinema que se faz no e pelo deslocamento, o trânsito pelo cotidiano, abertura para o acaso, contingência; que não parte de uma unidade espaço-temporal, mas se fragmenta – fragmento este que se apresenta como possibilidade ética diante da alteridade; passagens, rastros, vestígios de um gesto. Cenas que projetam o íntimo no público em uma espécie de celebração contínua e despretensiosa do cotidiano, do familiar. Cinema em exílio, cinema-asilo - ao mesmo tempo, sobrevivência e suspensão de uma memória, abrigo do corpo, da linguagem, do encontro, onde parece sempre se desenhar a possibilidade, abertura para a invenção de um espaço novo, inédito, espaço-vida, espaço-arte, sem fronteiras.

 

Biografia do Autor

Bruna Machado Ferreira, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutoranda e Mestre em Literaturas pela Universidade Federal de Santa Catarina, vinculada à linha de pesquisa Arquivo, Tempo, Imagem. Atua principalmente nos seguintes temas: Cinema e Literatura, Tropicália, Glauber Rocha.

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Publicado

2015-06-18

Como Citar

FERREIRA, Bruna Machado. Jonas Mekas - cinema em lampejos. Anuário de Literatura, [S. l.], v. 20, n. 2, p. 55–66, 2015. DOI: 10.5007/2175-7917.2015v20n2p55. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/2175-7917.2015v20n2p55. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Letras & Imagens: signos em rotação