Gregório de Matos, nosso primeiro antropófago

Autores

  • Samuel Anderson de Oliveira Lima Universidade Federal do Rio Grande do Norte

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7917.2016v21n1p46

Resumo

A figura exponencial de Gregório de Matos tem sido, ao longo dos anos, motivo de muitas discussões teóricas. Nesse panorama, ainda existem dois lados antagônicos quando se trata da poesia de Gregório de Matos, os que o defendem e os que o acusam. Os primeiros defendem a posição de que o poeta baiano foi a primeira voz literária no Brasil alçada sob as bases do Barroco, e os outros o acusam de ser ele um mero imitador dos poetas espanhóis do século XVII, sem, portanto, ter contribuído significativamente para a formação da Literatura Brasileira. Este artigo, que é fruto de uma pesquisa de doutoramento, segue o pensamento daqueles que defendem o poeta como barroco-antropofágico, devorador de culturas, com participação ativa no processo de formação da nossa identidade cultural e literária. Ancorado pelo pensamento crítico dos irmãos Campos, nosso trabalho busca observar e discutir a hipótese de que Gregório de Matos foi nosso primeiro antropófago, sendo possível enxergar em seus poemas as características intrínsecas do movimento antropofágico, idealizado por Oswald de Andrade no século XX.

Biografia do Autor

Samuel Anderson de Oliveira Lima, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Mestre e doutor em Estudos da Linguagem/UFRN, área de concentração em Literatura Comparada. Professor Adjunto II do Departamento de Línguas e Literaturas Estrangeiras Modernas e do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem da UFRN.

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Publicado

2016-06-30

Como Citar

DE OLIVEIRA LIMA, Samuel Anderson. Gregório de Matos, nosso primeiro antropófago. Anuário de Literatura, [S. l.], v. 21, n. 1, p. 46–57, 2016. DOI: 10.5007/2175-7917.2016v21n1p46. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/2175-7917.2016v21n1p46. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Pesquisadores docentes