Mário de Sá-Carneiro, sem anos depois

Autores

  • Paula Cristina Costa Universidade Nova de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7917.2016v21n2p112

Resumo

A obra de Mário de Sá-Carneiro ainda se mantém actual cem anos depois da sua morte: a modernidade do seu estilo não se esgota nas modas modernistas da época, mas mantém-se actual e contemporânea dos dias de hoje. Esta obra é de uma grande coerência temática. Ao longo da sua poesia, prosa e teatro, repete-se renovadamente o tema do Eu/Outro, o desejo de atingir a perfeição absoluta, como Ícaro, e o fracasso da realização plena. Em textos como os bem conhecidos poemas «Quasi», e «7» assim como na narrativa «A Confissão de Lúcio», está presente este desejo de fusão do Eu e do Outro e a impossibilidade de o conseguir. Mário de Sá-Carneiro foi, juntamente com Pessoa, um dos fundadores do modernismo português, um dos directores da revista «Orpheu». Ambos os poetas criaram ismos fundamentais para a construção do nosso modernismo: paulismo, interseccionismo, sensacionismo. No entanto, mantiveram-se fiéis aos seus estilos próprios.

Biografia do Autor

Paula Cristina Costa, Universidade Nova de Lisboa

Professora no Departamento de Estudos Portugueses da Faculdade de Ciências Sociais e Humnas da Universidade Nova de Lisboa

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Publicado

2016-12-06

Como Citar

COSTA, Paula Cristina. Mário de Sá-Carneiro, sem anos depois. Anuário de Literatura, [S. l.], v. 21, n. 2, p. 112–117, 2016. DOI: 10.5007/2175-7917.2016v21n2p112. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/2175-7917.2016v21n2p112. Acesso em: 21 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê "Mário de Sá-Carneiro: Eu-próprio o Outro: 100 anos depois"