Algumas notas para a leitura de "Manucure", de Mário de Sá-Carneiro

Autores

  • Ricardo Manuel Marques Universidade de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7917.2016v21n2p30

Resumo

“Manucure”, de Mário de Sá-Carneiro (1890-1916), constitui um dos poemas mais importantes da vanguarda na literatura portuguesa, a par das odes de Fernando Pessoa-Álvaro de Campos e dos poemas-manifesto de Almada Negreiros. O presente artigo pretende não só discutir o longo poema no contexto dessa mesma vanguarda, mas igualmente situá-lo no âmbito da obra de Sá-Carneiro, que foi decididamente influenciada pela amizade, nos últimos quatros anos da sua curta vida, com Fernando Pessoa, de que nos chegou extensa e valiosa correspondência. Desta forma, falaremos não só dos elementos tipográficos do poema, do seu intuito e significado no seio do texto, bem como iremos fazer uma leitura próxima da poética e estilística deste autor, do seu contacto e contaminação com outras vanguardas europeias. Esperamos também demonstrar, com estas notas para a leitura do poema (publicado pela primeira vez no segundo número de Orpheu) a extrema importância das revistas literárias enquanto suporte de criação e difusão dos nomes maiores da literatura portuguesa, especialmente neste primeiro momento do Modernismo português.

Biografia do Autor

Ricardo Manuel Marques, Universidade de Lisboa

poeta e desenvolve actividade crítica em revistas da especialidade (Colóquio-Letras, JL, Relâmpago) sendo também tradutor freelance de poesia anglo-saxónica e espanhola. É investigador num pós-doutoramento sobre revistas literárias do Modernismo Português, financiado pela FCT-MCTES (SFRH/BPD/101758/2014)

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Publicado

2016-12-06

Como Citar

MARQUES, Ricardo Manuel. Algumas notas para a leitura de "Manucure", de Mário de Sá-Carneiro. Anuário de Literatura, [S. l.], v. 21, n. 2, p. 30–41, 2016. DOI: 10.5007/2175-7917.2016v21n2p30. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/2175-7917.2016v21n2p30. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Dossiê "Mário de Sá-Carneiro: Eu-próprio o Outro: 100 anos depois"