Sá-Carneiro: Vontade de morte, saudade de vida
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7917.2016v21n2p79Resumo
O presente trabalho contempla a elaboração da ideia de morte no poema "Dispersão" de Mário de Sá-Carneiro. A análise e interpretação pretendem oferecer uma leitura crítica dos aspectos inerentes à inquietação/obsessão do sujeito lírico frente ao tema apresentado. A delicadeza da poesia de Sá-Carneiro, em alguns momentos “preparatória para a morte”, permite uma visão labiríntica, embutida, condicionada à quebra de limites, o que é exemplificado em seus poemas. Daí o cotejo da ideia de morte como perpetuação de um instante, independentemente dos resultados que essa ruptura possa revelar. Assim, trazer a lume o poema Dispersão é entendê-lo como um belo exercício de observação da circularidade, do movimento, da sinuosidade, do eterno retorno. As reticências, a luminosidade, as entradas e saídas em estados de alma controversos, tudo isso constitui a rápida duração da vida do poeta, enquanto sua poesia, como tecelãs de um puzzle que estamos sempre tentando montar, continua a nos entreter, um século após ser escrita, imortalizando o poeta que tanto se recusou a viver.
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