O Inca Garcilaso de la Vega e seu trânsito entre a colônia e a metrópole: revisionismo histórico e literário

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7917.2018v23n1p87

Resumo

Os primeiros textos literários coloniais de autoria indígena e mestiça foram publicados na América hispânica no século XVII. Primeiramente foi publicado o livro intitulado Comentarios Reales de los Incas (1609) escrito pelo mestiço peruano Inca Garcilaso de la Vega (1539-1616), e em 1615 foi publicada a Nueva corónica y buen gobierno de autoria do cronista indígena Felipe Guaman Poma de Ayala (1534-1615). Essas obras constituem parte importante do corpus literário colonial, pois se situam nas denominadas zonas de contacto (PRATT, 2010, p. 31). Esses textos coloniais escritos por mestiços ou indígenas apresentam um relato oposto ao desenvolvido pelos cronistas europeus no que se refere à representação do indígena, e revelam uma versão pessoal e diferente da história desses povos. Dentro desse contexto, a obra do Inca Garcilaso de la Vega pode ser considerada uma das primeiras fontes escritas por um mestiço que enfrentou a história oficial da conquista. O Inca Garcilaso participou ativamente na construção e narração de sua própria história, acabando com a posição secundária e passiva que lhe conferiam os cronistas espanhóis.

Biografia do Autor

Ximena Antonia Diaz Merino, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Possui Estágio Pós-doutoral em História e Literatura pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2017). Doutora e Mestre em Letras Neolatinas opção Literaturas Hispânicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professora Adjunta de Cultura e Literaturas Hispânicas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro /UFRRJ. Membro do GT "Teoria do texto poético" da ANPOLL. Publicou como co-autora os seguintes livros: Poesia hispano-americana: imagem, imagem, imagem. (Programa de Pós-Graduação em Letras Neolatinas UFRJ/CAPES, 2006); O imaginário poético pré-colombiano ontem e hoje. Os astecas (v.1). Os maias (v.2). Os incas (v.3) (Faculdade de Letras UFRJ, 2007); Provocações da cidade (Faculdade de Letras UFRJ, 2009); Palabras en ristre: Reflexiones literarias de la Guerra Civil Española (LILA/ CNPq/ UFRJ, 2009); El Pensamiento y la Expresión Americana (Programa de Pós-Graduação em Letras Neolatinas UFRJ/ CAPES, 2011); Experimentação e ruptura / tradição e inovação: marcas do processo criativo huidobriano. (Programa de Pós-Graduação Strito Sensu em Letras, 2012). Provocações da Amazônia: dos rios voadores aos voos imaginários. Editora e Gráfica Universitária-Edunioeste, 2015.Imagens das Américas Interfaces Sociais, Culturais e Literárias. Editora e Gráfica Universitária-Edunioeste, 2016. Bolsista Capes / PARFOR / Unioeste- 2013. Pesquisadora dos seguintes Grupos de pesquisa cadastrados no CNPq: Confluências da Ficção, História e Memória na Literatura e nas Diversas Linguagens – UNIOESTE; Literatura Brasileira: sociedade e mito – UNIOESTE; Red Internacional de Investigadores de la Literatura Comparada: “Estéticas en movimiento, tránsitos culturales, simbólicos y linguísticos” - Universidad de Los Andes de Venezuela; VARIUS - Variação e uso/UFRRJ. Foi Bolsista Capes/Parfor/UFRRJ em 2016

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Publicado

2018-04-11

Como Citar

DIAZ MERINO, Ximena Antonia. O Inca Garcilaso de la Vega e seu trânsito entre a colônia e a metrópole: revisionismo histórico e literário. Anuário de Literatura, [S. l.], v. 23, n. 1, p. 87–98, 2018. DOI: 10.5007/2175-7917.2018v23n1p87. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/2175-7917.2018v23n1p87. Acesso em: 27 abr. 2024.

Edição

Seção

Pesquisadores docentes