Luxúria Dolorosa: Status e Consumismo em American Psycho
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7917.2018v23n2p109Resumo
Em um mundo de constante mudança e progresso material, a busca pelo conforto e conveniência leva a humanidade à produzir e consumir mais e mais. No entanto, o cenário ideal nunca é alcançado pois as mercadorias, bens e serviços são rapidamente substituídos por versões atualizadas. Esse processo causa ansiedade nos indivíduos, deixando-os estagnados em um mundo de luxúria, satisfação e insatisfação. No presente artigo, esse processo é analisado dentro do romance American Psycho de Bret Easton Ellis. Em um retrato da geração yuppie, vivendo na Nova Iorque dos anos 80, o romance oferece um intrigante entendimento da mente consumista. Tal análise parte das percepções dos personagens, especialmente o protagonista, acerca dos bens de consumo, das roupas e também da posição social dos indivíduos dentro daquele cenário. A premissa teórica principal é o estudo sobre a relação entre status e ansiedade de de Botton. Conclui-se que luxúria é o produto de um arraigado ethos capitalista.
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