O que o golpe quer calar: literatura e política no Brasil hoje

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7917.2018v23n2p13

Resumo

Para se consolidar, o golpe de 2016 tem de conter o movimento de democratização que, de algum modo, se fortalecia no país nos últimos anos, especialmente a partir do acesso à educação pública e com a valorização dos espaços periféricos de produção cultural. Esse golpe se estabelece, então, contra os direitos das mulheres, dos negros, dos indígenas, dos trabalhadores, dos moradores das periferias, da população LGBT, dos pobres; contra sua inserção social e contra suas formas de expressão. Mas se estabelece, também, contra o ensino público, contra a liberdade de expressão e de cátedra, contra o pensamento crítico. Mais do que nunca, precisamos estar atentos às vozes que eles querem calar, ao que elas têm a nos dizer, ao que elas acrescentam na compreensão de nossa realidade e na ampliação dos recursos estéticos disponíveis para reinterpretar o mundo. Este texto pretende fazer parte desse processo de resistência, discutindo algumas possibilidades de escrita em tempos de recrudescimento dos discursos fascistas.

Biografia do Autor

Regina Dalcastagnè, Universidade de Brasília

Professora titular de literatura brasileira da Universidade de Brasília, pesquisadora do CNPq e coordenadora do Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea.

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Publicado

2018-11-09

Como Citar

DALCASTAGNÈ, Regina. O que o golpe quer calar: literatura e política no Brasil hoje. Anuário de Literatura, [S. l.], v. 23, n. 2, p. 13–24, 2018. DOI: 10.5007/2175-7917.2018v23n2p13. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/2175-7917.2018v23n2p13. Acesso em: 3 dez. 2024.

Edição

Seção

Ensaios