Maravilhamento, perplexidades racionais e limites da representação: Infinito e o Espaço para o Inefável em “El Aleph”, “El Libro de Arena” e “La Biblioteca de Babel” de J.L. Borges

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7917.2018v23n2p67

Resumo

Parte integrante de uma série de estudos sobre a noção de espaço nos contos de J.L. Borges, este ensaio investiga a possibilidade de atualização do Infinito em El Aleph, El Libro de Arena e La Biblioteca de Babel. Discursos matemáticos, filosóficos e teológicos são entrelaçados em conjecturas cosmológicas fundadas em maravilhamento e arquitetadas nos limites do racional. O impulso humano para compreensão se associa a um constante fascínio intelectual a perpassar tentativas cosmológicas, científicas, filosóficas, culturais e religiosas. As perplexidades da intelectualidade humana perpassam sensibilidade, raciocínios, memória e imaginação em variados enigmas oriundos das tentativas mentais de compreensão do mundo. As noções de espaço nos contos de Borges são invenções intelectuais humanas que possibilitam explorar o admirável no mundo, fornecendo às narrativas do autor modos de explorar a abstração para o entendimento, as falácias do pensamento e os limites das concepções humanas. Assim, entre maravilhamentos e perplexidades racionais, os modos de representação do espaço, e dos objetos no espaço, auxiliam na meditação sobre o inefável na criação literária de um Infinito atual.

 

Biografia do Autor

Jean Felipe de Assis, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Doutor em Filosofia e História das Ciências com ênfases em Filosofia da Matemática, as tradições fenomenológicas contemporâneas e Hermenêutica, possuindo também um mestrado na mesma área. Fez um estágio Pós-doutoral em Filosofia na UFMG em que estudou as recepções de algumas ideias centrais na obra de Machiavelli nas óperas Rigoletto e Tosca. Mestre em Teologia pela Drew University (2014) em New Jersey e uma graduação na mesma área pelo Instituto Metodista Bennett (2010), dedicando-se às articulações entre os estudos exegéticos, suas metodologias, transformações, assim também suas práticas em contextos históricos específicos. Possui uma graduação em Matemática pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), concluída em 2009. 

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Publicado

2018-11-09

Como Citar

DE ASSIS, Jean Felipe. Maravilhamento, perplexidades racionais e limites da representação: Infinito e o Espaço para o Inefável em “El Aleph”, “El Libro de Arena” e “La Biblioteca de Babel” de J.L. Borges. Anuário de Literatura, [S. l.], v. 23, n. 2, p. 67–79, 2018. DOI: 10.5007/2175-7917.2018v23n2p67. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/2175-7917.2018v23n2p67. Acesso em: 3 maio. 2024.

Edição

Seção

Pesquisadores docentes