Como se materializam as fronteiras? A corporalidade da fronteira em "Borderlands/La Frontera", e Gloria Anzaldúa

Autores

  • Melina Pereira Savi Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7917.2015v20n2p181

Resumo

Neste artigo, analiso as maneiras com as quais Gloria Anzaldúa, em Borderlands: La Frontera (2007), negocia a ideia da fronteira como tendo dimensões discursivas e materiais. Ao criar a consciência da nova mestiza a partir da zona de fronteira, que é o espaço afetado pela linha fronteiriça, Anzaldúa desenvolve conceitos e ideias que podem ser relacionados às articulações de Donna Haraway, com sua teoria do ciborgue; e de Karen Barad, com sua teoria de uma ontologia de agenciamento realista, no sentido de que Anzaldúa se engaja criativamente com partes contraditórias de sua identidade, de forma ciborguiana; e enxerga a fronteira como ao mesmo tempo limitante e empoderadora, como produzindo efeitos discursivos e materiais como constitutivos um do outro. Anzaldúa discorre sobre esses efeitos e demonstra como os aplica na fabricação de uma nova consciência, a da nova mestiza. Neste trabalho, então, exploro estes conceitos a partir de uma leitura que identifica, no trabalho de Anzaldúa, pontos em comum com e complementares às teorias de Haraway e Barad.

Biografia do Autor

Melina Pereira Savi, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutoranda em Literatura e Estudos Culturais no Programa de Pós-Graduação em Inglês da UFSC. Possui mestrado em Teoria e Crítica Literária e Cultural pela UFSC (2009), Pós-Graduação Latu-Sensu em Tradução e Revisão Textual em Português/Inglês pela Faculdade Barddal (2007) e graduação em Língua e Literaturas de Língua Inglesa pela UFSC (2005), com graduação sanduíche em Estudos de Cinema na New York University (2004, bolsa CAPES-FIPSE). Tem experiência acadêmica na área de Literatura, Estudos Culturais e Cinema, e experiência profissional em tradução e jornalismo para revista e internet.

Publicado

2015-06-18

Como Citar

SAVI, Melina Pereira. Como se materializam as fronteiras? A corporalidade da fronteira em "Borderlands/La Frontera", e Gloria Anzaldúa. Anuário de Literatura, [S. l.], v. 20, n. 2, p. 181–191, 2015. DOI: 10.5007/2175-7917.2015v20n2p181. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/2175-7917.2015v20n2p181. Acesso em: 24 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos