Apontamentos sobre corpo e resistência: análise de dois poemas de Wis?awa Szymborska
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7917.2017v22n2p161Resumo
Para os poetas do século XX, a experiência das duas grandes guerras representou um momento de inflexão e renovação de uma dicção até então reconhecida pela cisão entre linguagem e mundo. Dessa remodelação surge o que Michael Hamburger chamou de “a nova antipoesia”, caracterizada por um retorno às temáticas mais ligadas ao cotidiano e maior despojamento da linguagem. É esse o ponto de partida do qual nos valemos para esquadrinhar brevemente a poética da escritora polonesa, vencedora do Nobel de Literatura (1996), Wis?awa Szymborska, focando-nos em dois de seus reconhecidos poemas: “torturas”, publicado em Gente na ponte (1987), e “autotomia”, publicado em Todo o caso (1972). Nestes poemas, o corpo é constantemente posto em questão. Para pensar tal movimento e suas recorrências, nos servimos das reflexões propostas por Jean-Luc Nancy e Severo Sarduy no que diz respeito ao corpo e à capilaridade semântica que tal termo adquire nos poemas aqui analisados.
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