O corpo da crítica: alguns apontamentos sobre feminismo(s) e literatura
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7917.2021.e73433Resumen
O presente artigo tem o objetivo de revisitar as origens da crítica literária feminista. Nesse sentido, recuperam-se os principais conceitos que embasaram o pensamento feminista em cada momento histórico, bem como as principais mulheres que ocuparam grande importância para o imaginário do feminismo ao longo de sua história. Esta retomada histórica evidencia o conceito interdisciplinar da crítica literária feminista, uma vez que esta não admite uma leitura de texto desvinculada de sua exterioridade e de sua historicidade. Nossa intenção aqui é discutir como a teoria feminista enriqueceu o campo da crítica literária, fazendo novas perguntas e apresentando novos problemas e questionamentos no que diz respeito à pesquisa literária, tais como a questão da representação da mulher na literatura e nas outras artes, o problema da escrita e da autoria femininas, as conexões entre gênero e raça, gênero e orientação sexual, gênero e classe, ademais de outras perspectivas de natureza interseccional.Citas
BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo. Trad. de Sérgio Milliet. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: o feminismo e a subversão da identidade. Trad. de Renato Aguiar. 8. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2015.
COELHO, Nelly Novaes. A literatura feminina no Brasil contemporâneo. São Paulo: Siciliano, 1993.
COELHO, Nelly Novaes. Dicionário de escritoras brasileiras. São Paulo: Escrituras, 2002.
COLLINS, Patricia Hill. Pensamento feminista negro: conhecimento, consciência e a política do empoderamento. Trad. de Jamille Pinheiro Dias. São Paulo: Boitempo Editorial, 2019.
CRENSHAW, Kimberlé. Mapping the margins: intersectionality, identity politics, and violence against women of color. Stanford Law Review, v. 43, n. 6, p. 1241-1299, jul. 1991.
DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. Trad. de Heci Regina Candiani. São Paulo: Boitempo, 2016.
DAVIS, Angela. Mulheres, cultura e política. Trad. de Heci Regina Candiani. São Paulo: Boitempo, 2017.
DUARTE, Constância Lima. Feminismo e literatura no Brasil. Estudos Avançados, v. 17, n. 49, p. 151-172, 2009. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142003000300010. Acesso em 17 de fevereiro de 2020.
FERREIRA, Lígia F. ‘Negritude’, ‘negridade’, ‘negrícia’: história e sentidos de três conceitos viajantes. Literafro, Belo Horizonte, 7 fev. 2018. Disponível em http://www.letras.ufmg.br/literafro/artigos/artigos-teorico-conceituais/153-ligia-f-ferreira-negritude-negridade-negricia. Acesso em 11 de junho de 2020.
FIRESTONE, Shulamith. A dialética do sexo. Rio de Janeiro: Labor do Brasil, 1976.
FLORESTA, Nísia. Direitos das mulheres e injustiça dos homens. Trad. livre do francês por Nísia Floresta Brasileira Augusta. Recife: Typographia Fidedigna, 1832.
FLORESTA, Nísia. Conselhos à minha filha. Rio de Janeiro: Typographia de J. E. S. Cabral, 1842.
FLORESTA, Nísia. Woman. Trad. de Livia A. de Faria. London: G. Parker, 1865.
FLORESTA, Nísia. Opúsculo humanitário. Rio de Janeiro: Typographia de M. A. da Silva Lima, 1853.
FONSECA, Maria Nazareth Soares. Políticas de esquecimento e desejos de lembrar. In: CHAVES, Rita; MACEDO, Tânia (Orgs.). Literaturas em movimento: hibridismo cultural e exercício crítico. São Paulo: Via Atlântica, 2003, p. 97-113.
FUNK, Susana Bornéo. A distopia de ontem é a realidade de hoje. Entrevista concedida a Anselmo Peres Alós. Letras. Santa Maria, v. 29, n. 59, p. 385-402, jul./dez. 2019. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/44097/pdf. Acesso em: 11 jul. de 2020.
HOLLANDA, Heloisa Buarque de (Org.). Tendências e impasses: o feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.
HOLLANDA, Heloisa Buarque de (Org.). Explosão feminista: arte, cultura, política e universidade. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
JAMESON, Fredric. O inconsciente político: a narrativa como ato socialmente simbólico. São Paulo: Ática, 1992.
LAURETIS, Teresa de. A tecnologia do gênero. In: HOLLANDA, Heloísa Buarque de (Org.). Tendências e impasses: o feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994, p. 206-242.
MILLET, Kate. Política sexual. Lisboa: Dom Quixote, 1969.
PINTO, Céli Regina Jardim. Uma história do feminismo no Brasil. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2003.
PIÑON, Nélida. Tempo das frutas. Rio de Janeiro: José Álvaro, 1966.
PIÑON, Nélida. Sala de armas. 5. ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1973.
RIBEIRO, Djamila. Quem tem medo do feminismo negro?. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
SAFFIOTI, Heleieth. A mulher na sociedade de classes. Petrópolis: Vozes, 1976.
SANTOS, Lívia Maria Natália de Souza. Poéticas da diferença: a representação de si na lírica afro-feminina. Literafro, 7 fev. 2018. Disponível em: http://www.letras.ufmg.br/literafro/artigos/artigos-teorico-conceituais/154-livia-maria-natalia-de-souza-santos-poeticas-da-diferenca. Acesso em: 10 out. 2019.
SCHMIDT, Rita Terezinha. O fim da inocência: das medusas de ontem e de hoje. Signo, número especial, p. 95-112, 2006. Disponível em: https://online.unisc.br/seer/index.php/signo/article/view/443/296. Acesso em 10 out. 2019.
SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 20, n. 2, p. 71-99 jul./dez. 1995.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 Dileane Fagundes de Oliveira, Anselmo Peres Alós

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.

Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional.