Ressignificação da aura mística feminina em Agustina Bessa-Luís
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7917.2022.e87243Palavras-chave:
Literatura Portuguesa, Agustina Bessa-Luís, Aura Mística FemininaResumo
No presente artigo, realizamos uma breve apresentação de Agustina Bessa-Luís, introduzindo as contribuições da autora para a literatura, com o objetivo de refletir sobre a ressignificação da aura mística feminina por meio das protagonistas Quina de A Sibila (1954) e Eugénia Viseu e Silvina do romance Eugénia e Silvina (1989). São apresentadas, em vista disso, algumas posições teóricas sobre o projeto estético agustiniano, estabelecendo relações entre a representação feminina feita por Bessa-Luís e a condição da mulher na sociedade patriarcal. Para tanto, embasamo-nos em Beauvoir (2016), Bloch (1995), Coelho (1999), Fonseca (2017), Machado (1979), Moisés (2001, 2013), entre outros. Ao tratar das representações do feminino nos seus romances, Agustina Bessa-Luís proporciona uma discussão demasiado importante acerca de estereótipos misóginos, favorecendo sua desconstrução. Nesse sentido, o projeto estético e literário de Agustina Bessa-Luís, a nosso ver, transforma o panorama da ficção portuguesa novecentista, e abre espaço para os escritos que vieram depois.
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