Formas de ódio e violência em Shakespeare
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7917.2024.e95657Palavras-chave:
Dor, Ódio , Violência, Teatro, ShakespeareResumo
Neste artigo, abordo cinco peças de Shakespeare para discutir como o significado de formas de ódio e violência dependem de traços individuais de personagens. Nesse sentido, ódio e violência podem fazer com que personagens cômicos consigam alcançar alguma forma de reconciliação ou autodestruição no caso de personagens trágicos. N’A Comédia dos Erros, os irmãos Dromio, que são submetidos a violência por parte de seus donos, são os que encontram redenção apesar do sofrimento. N’O Mercador de Veneza, o ódio estrutural entre Antônio e Shylock parece configurar uma forma de sentido para eles. Em Henrique V, a habilitação de violência durante um período de guerra parece sugerir que a capacidade para violência é inerente ao ser humano. Essa sugestão é observada também em Tito Andrônico, em que Shakespeare explora os efeitos traumáticos da violência em uma esfera mítica. Finalmente, em Macbeth, vemos como um personagem acostumado com a violência da guerra pode ter sua própria natureza mudada quando é forçado a involuntariamente cometer um assassinato fora do contexto de guerra.
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