Olhos pardos e Olhos Vermelhos: Ana C. & Chacal

Autores

  • Renata Gonçalves Gomes Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-784X.2010nesp3p105

Resumo

É preciso uma geração para definir um poeta ou um poeta para definir uma geração? Para Ana Cristina Cesar e para Chacal as respostas seriam diferentes. Mesmo que tenham sido poetas de uma mesma época, não podem ser considerados donos de uma poética similar com uma mesma ideologia ou postura poética. Chacal, um dos “bichos-grilos” da “marginalidade poética” carioca manteve uma postura anti-literária, ou anti-formalista, avessa à intelectualidade e à fala acadêmica, se posicionando frente a uma opção marginal, mais tarde descaracterizando esta opção para que sua poética fosse lançada, e “consagrada”, no mercado editorial. Já Ana Cristina Cesar, manteve uma postura distanciada da dita marginalidade literária da década de setenta, mesmo que sempre presente nas discussões sobre o tema da época. Por isso mesmo, fazia parte dos poetas e críticos “acadêmicos” que discutiam o assunto de forma literária e crítica, além do seu fazer poético. A fim de discutir essa dicotomia na geração de poetas da década de setenta no Rio de Janeiro, nesta monografia, os poetas Ana Cristina Cesar e Chacal são expostos para uma análise de suas posturas diante das opções, ou ausência delas, marginal e babélica.

Biografia do Autor

Renata Gonçalves Gomes, Universidade Federal de Santa Catarina

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Publicado

2010-09-27